A pandemia do novo coronavírus está a deixar os clubes de futebol em dificuldades financeiras, de tal formas que muitas equipas tiveram de 'cortar' nos salários dos seus jogadores. Uma medida com a qual Andrés Guardado parece não estar de acordo.
"É sempre mais fácil tirar dinheiro aos jogadores e não entrar em conflito com uma marca ou ser afetado pela falta de venda de bilhetes. Vou ficar por aqui, é um assunto delicado e não quero que as pessoas fiquem contra mim", declarou o futebolista mexicano do Betis, aos microfones da Fox Sports.
"Para os jogadores, esta é uma situação muito complexa, pois somos trabalhadores, mas também ativos do clube. Isto é uma chamada de atenção para o mundo do futebol. O modelo de negócio tem de ser repensado, mesmo que ninguém pudesse prever uma situação destas", prosseguiu Guardado.
"Os clubes têm de mudar a forma como gastam o dinheiro. Talvez agora o futebol volte à Terra, pois antes estava numa bolha que não correspondia à realidade", defendeu.
Apesar disso, Guardado admite que teve de existir um acordo entre o clube e o plantel para que se efetivasse a redução salarial.
"A direção falou connosco para nos explicar como está a passar por esta crise de sanidade que está a afetar o mundo, e que consequências teria no campeonato e no clube. Negociámos e vimos que esta era a melhor solução para todos, para que se pudesse manter a economia saudável neste momento de crise, sem afetar os trabalhadores que estão por trás de nós", explicou.