Será o FC Porto a fazer companhia ao Sp. Braga na final da Taça da Liga. Os dragões carimbaram a presença no encontro do próximo sábado depois de vencer o Vitória SC, esta quarta-feira, no Municipal de Braga, por 2-1.
O início do encontro começou com as duas equipas a olharem-se nos olhos e a tentar assumir as despesas do encontro. No entanto, coube aos dragões a maior iniciativa face à maior percentagem de posse de bola que iam apresentando. À medida que os minutos iam passando, o equilíbrio foi-se dissipando e o FC Porto começou a encostar o Vitória SC à sua grande área, que ia tentando criar perigo com os seus contra-ataques rápidos.
No primeiro tempo em Braga, houve muita disputa, mas oportunidades nem tanto. Marega e Mbemba podiam, ainda assim ter adiantando o FC Porto no marcador, tal como Davidson podia ter feito melhor quando rematou sem marcação no coração da grande área portista.
No segundo tempo, a equipa de Ivo Vieira entrou com vontade de ter mais bola. O equilíbrio acabou por ser maior, mas nem por isso o número de oportunidades de golo disparou.
O nulo só foi mesmo desfeito através de uma grande penalidade. Soares fez falta sobre Bonatini, Jorge Sousa esperou pela decisão do VAR e assinalou castigo máximo. Tapsoba, aos 65 minutos, não desperdiçou. O Vitória SC colocou-se em vantagem, mas… um minuto depois Alex Telles respondeu. ‘Bomba’ do lateral esquerdo dos azuis e brancos e Douglas ficou batido. O FC Porto ganhou alma com este golo e foi com essa mesma alma que chegou à cambalhota no marcador.
Jesús Corona desequilibrou e assistiu Soares para o segundo golo dos dragões. O avançado brasileiro redimiu-se da grande penalidade cometida e colocou o FC Porto em vantagem. O Vitória SC correu atrás do prejuízo e já bem perto do final, na compensação, fez a festa. Porém, a festa que durou apenas alguns segundos. João Pedro cometeu falta sobre Diogo Costa e Jorge Sousa depois de ver o lance no VAR anulou o empate ao Vitória SC.
Figura – É incontornável não falar de Tiquinho Soares. Podíamos falar de Corona, de Pepê, de Alex Telles ou até de Douglas. Todos eles com um papel importante na partida, mas a verdade é que os números de Tiquinho falam por si. É certo que cometeu a grande penalidade que deixou o FC Porto em desvantagem, mas 10 minutos depois redimiu-se com o golo que valeu a passagem à final. Um golo que contempla um registo de seis jogos consecutivos a marcar e, além disso, foi a quarta vez esta temporada que Soares marcou um golo decisivo para a sua equipa. Cada vez mais se assume como o homem-golo do FC Porto. No total são 15 golos em 2019/20.
Surpresa – Falar deste Vitória SC-FC Porto, é ter de falar de Corona. Começou como lateral direito e no segundo tempo passou a pisar terrenos mais ofensivos. Importante em qualquer posição, o mexicano foi sempre um dos elementos mais influentes nesta equipa, talvez mesmo o mais importante. Forte a defender, muito desequilibrador a atacar, Corona serviu da melhor forma Soares para o golo da vitória portista. Mais uma exibição bem conseguida que, não sendo surpresa, é sempre importante de salientar.
Desilusão – É um dos elementos mais desequilibradores do Vitória SC, mas a noite desta quarta-feira não conseguiu marcar a diferença. Esperava-se mais do jovem extremo inglês que esbarrou num Alex Telles difícil de ultrapassar. Decidiu mal e foi inconsequente no drible.
Ivo Vieira – Não prescindiu das suas ideias e jogou como equipa grande, tal como tinha prometido. O Vitória SC conseguiu por diversas vezes chegar com perigo à área adversária, mas não conseguiu ser superior mais uma vez. No entanto, parece ser este o caminho certo para a formação vitoriana. Faltou a calma necessária para aguentar a vantagem conseguida aos 65 minutos.
Sérgio Conceição – Lançou Diogo Costa, Sérgio Oliveira e Luis Díaz no onze. O FC Porto entrou bem na partida, mas esbarrou na boa forma de defender do Vitória, mas também na sua incapacidade criativa. Aos poucos foi-se soltando e as oportunidades começaram a surgir. O técnico portista continua a sua boa campanha na Taça da Liga, onde só soma vitórias esta temporada. Falta mais uma para conseguir o desejado troféu.
Jorge Sousa – Teve um critério largo, o que beneficiou o espetáculo. Ainda assim teve alguns lances difíceis de ajuizar. No lance que originou o golo do Vitória SC, depois de vistas as imagens, parece não haver toque de Soares em Bonatini, mas Jorge Sousa manteve a decisão e assinalou castigo máximo. Por outro lado, no lance capital do encontro, no derradeiro minuto da partida, decidiu bem e anulou o golo a João Pedro por falta sobre Diogo Costa.