O Bordéus-Nimes desta segunda-feira, para o campeonato francês, foi interrompido logo aos 11 minutos de jogo, devido ao comportamento dos adeptos da casa, nomeadamente da claque Ultramarines.
Vários adeptos do Bordéus, equipa orientada pelo português Paulo Sousa, tentaram invadir o relvado do estádio enquanto se realizava o jogo, tendo permanecido, durante vários minutos, junto a uma das linhas laterais, entoando cânticos com o propósito de pedir a demissão do presidente do clube, Frédéric Longuépée.
Assim que deu conta da situação, o árbitro do encontro interrompeu a partida e, passados alguns minutos, obrigou todos os futebolistas a recolherem aos balneários, por questões de segurança.
Jogo interrompido em Bordéus com um grupo de adeptos no relvado e também muita contestação nas bancadas direcionada à direção. #Ligue1Eleven #ForTheFans pic.twitter.com/g2hUVTYp6I
— Eleven Sports Portugal (@ElevenSports_PT) December 3, 2019
Na origem dos protestos dos Ultramarines está a aquisição do Bordéus, no ano passado. 14% do capital da SAD do clube foi adquirido por Joseph DaGrosa, da General American Capital Partners, que se encontra em conflito com a King Street Capital Management, detentora da restante parcela da SAD.
DaGrosa queria que 80% do dinheiro recebido em vendas no último verão fosse aplicado na contratação de novos jogadores, uma proposta prontamente chumbada pela King Street, o que originou as divergências que hoje se fazem sentir no Bordéus.
Entretanto, pouco menos de meia hora após o jogo ter sido interrompido, a bola voltou a rolar no estádio do Bordéus, depois de o árbitro ter considerado que estavam reunidas as condições para que se procedesse ao recomeço da partida.
[Notícia atualizada às 18h39]