O Benfica goleou, neste sábado, o Paços de Ferreira, por 5-0, na jornada inaugural da Liga portuguesa, com um bis de Pizzi (32’ e 74’) e mais três remates certeiros: Nuno Tavares (26’), Seferovic (70’) e Carlos Vinícius (84’).

Bruno Lage assumiu o comando técnico dos encarnados em janeiro de 2019, estreando-se com uma vitória diante do Rio Ave, por 4-2. Passaram sete meses e o treinador das águias já leva 17 encontros a marcar três ou mais golos em partidas oficiais.

Um rolo compressor que já tinha feito uma vítima, logo no primeiro encontro oficial da época, diante do Sporting (5-0) e que catapulta o Benfica de Bruno Lage para números ofensivos de grande nível: com este técnico, o vigente campeão soma 77 golos na I Liga, o que corresponde a uma média de 3,85 golos. Ao revés, o emblema lisboeta, neste período, sofreu apenas 16 golos.

Números que contam histórias, mas agora importa focar-nos no que aconteceu no duelo entre Benfica e Paços de Ferreira, analisando o encontro pelo prisma de cinco homens.

Figura do jogo – Mais uma vez… Pizzi. Já o tinha sido frente ao Sporting, após marcar dois golos e fazer uma assistência na Supertaça, voltou a ser na jornada inaugural da Liga. Bisou novamente nos únicos remates que realizou. Na retina fica também uma assistência e os cinco passes para finalização que efetuou.

Desilusão - Pode ser ingrata esta distinção e, mais ainda, depois do golo que apontou aos 70 minutos, mas pede-se mais a um avançado que tão bem nos habituou na temporada passada. Desligado do encontro durante vários momentos, pouco tocou na bola na etapa inicial, falhando os tempos de reação no ataque à bola. Na etapa complementar teve um golo certo nos pés, após um passe açucarado de Pizzi, mas inacreditavelmente a bola foi parar às ‘nuvens’.

Surpresa – Nuno Tavares, indiscutivelmente. Estreou-se na Luz e em jogos da Liga portuguesa com uma exibição estelar. Marcou um golo de belo efeito para 63 mil adeptos ficarem boquiabertos e ainda contabilizou duas assistências. Uma asa direita que funcionou a todo a vapor, porque este jovem de 19 anos mostra talento a defender e veneno na hora de cruzar.

Homem do apito – Nas decisões importantes não falhou. Penálti bem assinalado para o Benfica, aos 30 minutos, fora de jogo bem assinalado a Douglas Tanque, no final da etapa inicial, e expulsão correcta de Bernardo Martins, já na etapa complementar.

Bruno Lage – O meio-campo do Benfica demorou a ganhar dinamismo, mas o primeiro golo ‘descomplicou’ um encontro que andou, algumas vezes, a passo. Lage mexeu, e muito bem na etapa complementar. Chiquinho e Vinícius saíram do banco para assinarem uma assistência e um golo, respectivamente.

Filipe Rocha – Apresentou uma ideia de jogo na Luz ousada, querendo assumir, em alguns momentos, as rédeas do encontro à entrada do meio-campo ofensivo. O Paços chegou a assustar, mas em zonas mais recuadas claudicou e muito. Filipe Rocha leva trunfos para usar em futuros jogos, mas terá de corrigir, e muito, a abordagem dos seus centrais, no acompanhamento aos avançados adversários.

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