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Bruno Fernandes: "Vivi seis meses com 50 euros que a minha mãe me deu"

Médio do Sporting recordou várias fases da sua infância e falou em particular da sua ida para Itália, ainda com 17 anos.

Bruno Fernandes: "Vivi seis meses com 50 euros que a minha mãe me deu"
Notícias ao Minuto

23:19 - 02/06/19 por Notícias Ao Minuto

Desporto Declarações

Numa extensa entrevista ao programa Trio d’ataque da RTP, Bruno Fernandes falou sobre vários momentos da sua vida. O médio do Sporting recuou no tempo e lembrou momentos da sua infância, a ajuda dos pais, a dificuldade em sair do país tão jovem em busca do sonho de ser jogador, e até o momento em que soube que poderia regressar a Portugal para jogar no Sporting.

Lembrança da infância: Gueifães [campo da sua terra] era duro, era duro (risos). O campo era em cimento. Ainda lá está, e infelizmente tem cada vez menos gente na rua a jogar. Antigamente, havia muitos mais miúdos a jogar. Na escola, o importante era o final das aulas para ir buscar as bolas ao telhado.

Sonho de ser futebolista: Os meus pais sempre souberam que eu queria ser jogador. Sempre meti em primeiro plano o futebol, tanto que a minha mãe para me meter de castigo, dizia: ‘se as notas não forem boas, não vais ao futebol’. Mas respondia que se não fosse à bola, as notas ainda iam ser piores.

Emigrante aos 17: Foi muito difícil. Sendo jovem, entrares num país onde não entendes nada… vês-te sozinho num contexto em que não estás habituado. Estava habituado ao Boavista, onde a base da equipa era a mesma quase há 10 anos. Chegar a Novara não conhecer ninguém, não falar a língua, não ter ninguém para traduzir, foi muito difícil. Os meus pais e a minha namorada, agora minha mulher, deram-me muita força e apoio para eu ficar. Quando lá cheguei, recebi o salário mínimo de Itália que eram 1.500 euros. Mas só o recebi em fevereiro. Tive desde junho até fevereiro com 50 euros que a minha mãe me deu quando parti. Aqueles 50 euros duraram até janeiro… porque eu não saia da academia, vivia com o que tinha, tinha uma bola e campos, eu era feliz. Para mim chegava.

Primeira abordagem para regressar a Portugal: Soube a partir dos jornais que era uma possibilidade que tinha. Dois grandes amigos meus mandaram-me logo mensagem. Até lhes disse: ‘acordaram de propósito para ir ao quiosque’.

Conversa com Jesus antes de ingressar no Sporting: Não falei muito com o mister. Na altura, o que me passaram é que era um interesse do treinador, que gostava muito de mim. Mas também me disseram que o presidente estava a fazer um grande esforço para que viesse. Porque não era uma operação simples, um jovem jogador português com aquele preço.

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