Niki Lauda entrou esta segunda-feira na sua última corrida, desta vez… para a eternidade. O tricampeão de Formula 1 morreu esta segunda-feira aos 70 anos e deixará para sempre um legado na modalidade.
O austríaco, que se notabilizou ao serviço da Ferrari, foi um dos ícones na F1 na sua altura e inscreveu para sempre o seu nome na história da categoria rainha do automobilismo com três campeonatos conquistados – 1975, 1977 e 1984. Somou 52 lugares no pódio, 24 pole positions e 25 vitórias. Mas a maior delas aconteceu em 1976, no circuito alemão de Nurburgring.
Um incrível acidente quase lhe retirou a vida no dia 1 de agosto daquele ano, no Grande Prémio da Alemanha. Numa batalha pela liderança com James Hunt, da McLaren, Lauda perdeu o controlo do seu Ferrari312 T2 e foi embater no morro, tendo depois rodopiado para a pista.
Gerou-se uma bola de fogo no monolugar de Niki Lauda e o piloto ficou preso lá dentro. As chamas consumiam o carro e os outros pilotos rapidamente tentaram salvar o companheiro. Lauda encontrava-se sem capacete, devido ao impacto ter sido tão forte, e só o italiano Arturo Merzario é que conseguiu puxar o austríaco para fora do carro.
Foi uma luta de quatro dias. Lauda foi mais forte e e conseguiu sair vitorioso, embora tenha ficado com marcas para a vida. As queimaduras ficaram no seu corpo e o piloto da Ferrari perdeu grande parte do cabelo, a orelha esquerda, as sobrancelhas, as pestanas e as pálpebras. Mas ganhou a vida e não foi só isso. Mês e meio depois voltou à competição.
Um legado que nunca iremos esquecer. Até sempre, tricampeão, até sempre, Niki!