Sporting não recorreu da decisão em relação à SAD do Benfica

O Sporting, que se constituiu assistente no processo 'e-toupeira', não recorreu da decisão do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) de não levar a julgamento a SAD do Benfica por nenhum dos 30 crimes pelos quais foi acusada.

Notícia

© Reuters

Lusa
15/02/2019 12:27 ‧ 15/02/2019 por Lusa

Desporto

E-toupeira

Segundo um despacho da juíza de instrução criminal Ana Peres, do TCIC, a que a agência Lusa teve hoje acesso, apenas o Ministério Público (MP) e Perdigão da Silva, ex-árbitro e também assistente no processo, é que apresentaram recurso para o Tribunal da Relação de Lisboa.

A 21 de dezembro do ano passado, dia em que a juíza Ana Peres proferiu despacho de não pronúncia (decisão de não levar a julgamento) quanto à SAD do Benfica, o Sporting classificou de "incompreensível" a decisão instrutória e admitiu "recorrer" da mesma com o objetivo de "repor a verdade desportiva", o que não veio a acontecer.

Contactado pela Lusa, Paulo Sá e Cunha, advogado do escritório que representou o Sporting neste processo, confirmou que o clube não apresentou recurso, sem adiantar mais pormenores.

Segundo a acusação do MP, Paulo Gonçalves, enquanto assessor da administração da Benfica SAD, e no interesse da sociedade, solicitou aos funcionários judiciais Júlio Loureiro (que também não foi pronunciado) e José Silva (pronunciado) que lhe transmitissem informações sobre inquéritos, a troco de bilhetes, convites e 'merchandising' do clube.

Paulo Gonçalves foi pronunciado por corrupção, por violação do segredo de justiça, por violação do segredo de sigilo e por acesso indevido, enquanto José Silva foi pronunciado pelos mesmos crimes, mais o de peculato. O TCIC não deu como provados os crimes de favorecimento pessoal, de falsidade informática e de oferta ou recebimento indevido de vantagem.

Na leitura da decisão instrutória, a juíza Ana Peres realçou que, à luz da lei, "os factos atribuídos a Paulo Gonçalves não podiam ser imputados diretamente à SAD do Benfica", explicando que o responsável "não fazia parte dos órgãos sociais da pessoa coletiva, nem representava a pessoa coletiva", sendo, apenas, um "subalterno", isto é, um funcionário da SAD 'encarnada'.

Logo, "não é possível imputar a responsabilidade" à SAD do clube da Luz pelos atos cometidos pelo antigo assessor jurídico, justificou a juíza de instrução criminal.

No recurso para a Relação de Lisboa, o ex-árbitro Perdigão da Silva pede que a SAD do Benfica seja pronunciada apenas por um crime corrupção ativa, em coautoria com Paulo Gonçalves, "em nome e no interesse" de quem o antigo assessor jurídico "sempre agiu", deixando cair os restantes 29 crimes imputados à SAD 'encarnada'.

Já o procurador do Ministério Público Valter Alves reitera no seu recurso que a SAD violou o "dever de vigilância".

"A decisão é contraditória quando afirma que no caso concreto os crimes que estão imputados ao arguido Paulo Gonçalves, nada têm a ver com o prosseguimento do interesse e objeto de ente coletivo", sustenta o recurso do MP, acrescentando que a SAD 'encarnada' deve ser responsabilizada por violar "o dever de vigilância".

Nesse sentido, e mantendo a argumentação apresentada na acusação, o procurador Valter Alves assegurou que "a sociedade arguida não diligenciou para que, no interesse da sociedade, utilizando os seus bens, os seus colaboradores e estrutura, não fossem praticados ilícitos por parte de colaboradores, neste caso, colaborador/subordinado, especial e imediatamente ligado à administração e ao seu presidente".

O MP recorreu ainda da não pronúncia dos funcionários judiciais Júlio Loureiro, este pelos crimes de corrupção passiva e de recebimento indevido de vantagem, e de José Silva, por violação de segredo por funcionário, por favorecimento pessoal, por falsidade informática e por acesso ilegítimo.

Todos os arguidos estão em liberdade com a medida de coação de Termo de Identidade e Residência.

 

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Rede social

Capitã do Benfica: "Um mergulho de cabeça nas noites de Vigo e do Dragão"

Futsal feminino

Capitã do Benfica: "Um mergulho de cabeça nas noites de Vigo e do Dragão"

Liga portuguesa

ClubeJPts
1Sporting3278
2Benfica3278
3FC Porto3265
4Sp. Braga3265
5Vitória SC3254
6Santa Clara3251
7Famalicão3244
8Casa Pia3242
9Estoril3242
10Rio Ave3236
11Moreirense3236
12Arouca3234
13C.D. Nacional3233
14Gil Vicente3232
15Estrela3229
16Boavista3224
17AVS3224
18Farense3224
Liga dos CampeõesLiga EuropaDesporomoção

Sobre rodas

Pierre Gasly 'apanhado' em Paris para assistir... ao PSG-Arsenal

Fórmula 1

Pierre Gasly 'apanhado' em Paris para assistir... ao PSG-Arsenal

Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas