Luiz Godinho Lopes revela, esta terça-feira, numa entrevista concedida ao jornal A Bola, que tinha tudo acertado com Jorge Jesus e Domingos Soares de Oliveira – então treinador e administrador da SAD do Benfica, respetivamente – quando abandonou a presidência do Sporting, em 2013.
À margem da apresentação do livro “Olhos no olhos”, onde revela vários episódios da sua passagem por Alvalade, o antigo líder leonino diz sentir-se obrigado a vir a público defender-se, depois de o seu nome ter sido “enxovalhado”.
“Tinha Jorge Jesus e Domingos Soares de Oliveira quando fui corrido. Falei com Jorge Jesus, a primeira vez em dezembro de 2012. Tínhamos combinado que seria no final dessa época. Os valores? Metade daquilo que Bruno de Carvalho pagou. Vinha ele e vinha o Domingos Soares de Oliveira . Reuni-me com ele, é sportinguista, excelente gestor e grande trabalho no Benfica”, afirmou.
Na mesma entrevista, Godinho Lopes analisou a passagem do seu sucessor, Bruno de Carvalho, pela liderança do clube, sublinhando que o que o “surpreendeu foi a entrada, não a saída”, que ocorreu no seguimento de uma Assembleia Geral destitutiva.
“Sei como encontrei o clube e como o deixei. E conheço também os números atuais. Hoje tem mais 100 milhões de dívida financeira do que eu deixei, vendeu mais de 200 milhões de euros em ativos, a formação desapareceu, antecipou receitas de mais de 60 milhões de euros. Foram maquilhadas as contas, fazendo progressão do direito de superfície do estádio até 2063! Se ele era o milagreiro, fez uma grande reestruturação, porque agora se fala noutra?”, questionou.