Mesut Özil vai deixar de representar a seleção da Alemanha. Num comunicado, partilhado nas suas redes sociais, o internacional alemão confirmou que se vai retirar.
Özil explicou que a decisão terá efeitos imediatos e que se deve ao “tratamento que recebeu por parte da DFB (Federação Alemã de Futebol). Tudo começou com uma imagem do jogador do Arsenal e Erdogan, presidente da Turquia.
A fotografia deixou os alemães irritados e Özil começou a ser fortemente criticado no seu país, começando um debate em torno da integração dos filhos de imigrantes na Alemanha. Isto porque, recorde-se, o futebolista tem raízes turcas.
Özil sentiu racismo por parte da Federação germânica e sentiu-se desrespeitado, por isso decidiu colocar um ponto final na sua carreira internacional.
"O que mais me frustrou nos últimos meses foi o tratamento que recebi da Federação alemã, e em particular do presidente da Federação, Reinhard Grindel. Depois da fotografia que tirei com o presidente Erdogan, pediram-me, por Joachim Low, que encurtasse as férias e regressasse a Berlim para emitir um comunicado a esclarecer toda a polémica. Quando tentei falar com Grindel sobre a minha herança cultural, sobre a minha história, ele estava mais interessado em falar sobre as suas crenças políticas", lê-se no comunicado de Özil.
"O tratamento que recebi por parte da Federação alemã faz com que não queira vestir mais a camisola da seleção. Sinto-me indesejado e sinto que tudo o que conquistei desde a minha estreia, em 2009, foi esquecido. (...) É com pesar que anuncio que, devido a estes eventos, não vou voltar a jogar pela Alemanha a nível internacional, pelo menos enquanto tiver este sentimento de racismo e desrespeito", acrescentou.