Confesso que a longa-metragem espanhola 'Contratempo', lançada em janeiro deste ano, me deixou de boca aberta. Vi com a expectativa de ser um filme normal sobre crime, vingança, traição, que conta com paisagens belíssimas da Catalunha e nada mais do que isso. Não vi o trailer, não li nada sobre o filme: apenas apareceu na lista dos recentes do Nexflix (o filme ainda não foi lançado nos cinemas portugueses, mas está disponível no serviço de streaming) e logo nos minutos iniciais já estava preso ao ecrã.
A trama é sobre um homem que está a receber ajuda de uma super advogada contratada não por ele, mas sim pelo seu advogado, que o vai ajudar na sua estratégia de defesa do crime pelo qual é acusado, o de ter assassinado a sua amante.
Parte do filme desenrola-se no apartamento dele, onde os dois debatem a sua defesa e a advogada o pressiona ao máximo. O restante filme, vai e volta no tempo, mostrando-nos os acontecimentos por ele narrados, mas não só. Mostra que não houve apenas um assassinato, mas antes apenas um corpo. E tudo isto com paisagens deslumbrantes como pano de fundo.
Qual é a peça, afinal, que falta neste puzzle? Como é que este jogo do gato e do rato entre a assertiva advogada e o cliente misterioso vai acabar? Claro, como todo o bom (neste caso, excelente) suspense com uma reviravolta de nos deixar completamente atónitos.
Não vou alongar-me muito mais, pois posso deixar alguma informação escapar. Se quiser fazer como eu, não veja sequer o trailer abaixo. Ou veja e fique ainda com mais vontade de assistir a este surpreendente filme que bebe na fonte do cinema do mestre do suspense Alfred Hitchcock.