Maria de Medeiros homenageada em Festival de Cinema de Guadalajara

A 40.ª edição do Festival Internacional de Cinema de Guadalajara, no oeste do México, terminou com uma homenagem à portuguesa Maria de Medeiros.

Maria de Medeiros calls 'Pulp Fiction' a 'revolutionary' act at Guadalajara Festival

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Lusa
15/06/2025 06:19 ‧ há 10 horas por Lusa

Cultura

Maria de Medeiros

No sábado, durante a cerimónia de encerramento, a atriz e realizadora Maria de Medeiros recebeu o prémio Homenagem a Convidada de Honra, em reconhecimento da sua carreira.

 

A portuguesa, conhecida pelos papéis em filmes como 'Pulp Fiction' e 'Henry & June', destacou as "boas vibrações" e o amor que nutre pelo México, onde filmou 'Duas Fridas' e concluiu a pós-produção do seu mais recente filme, 'Aos Nossos Filhos'.

"O México é uma grande nação de cultura, arte e cinema, e é uma referência. Todos os maravilhosos realizadores mexicanos que continuam a contribuir com uma criatividade extraordinária para o cinema mundial - o facto de este cinema se inspirar no cinema português é algo que nos comove profundamente", afirmou Medeiros, ao receber o prémio.

Portugal foi o país convidado do Festival Internacional de Cinema de Guadalajara, com a presença de mais de 30 filmes portugueses, incluindo filmes que Maria de Madeiros protagonizou, como 'Silvestre', de João César Monteiro, e que realizou, como 'Capitães de Abril'.

A 40.ª edição teve uma secção especial dedicada ao cinema português, "desde os clássicos à filmografia mais contemporânea", incluindo filmes de Pedro Costa, Manoel de Oliveira e José Álvaro Morais.

O programa contou ainda com a exibição do filme de animação 'Os demónios do meu avô', de Nuno Beato, e com uma exposição com as personagens miniaturas utilizadas no processo de animação em 'stop-motion', mais uma 'masterclasse' do realizador João Gonzalez, autor do premiado "Ice Merchants".

A escolha de mais de 30 filmes que dão um panorama do cinema português, com documentário e ficção em curta e longa-metragem, inclui, entre outros, 'A fábrica de nada' (2017), de Pedro Pinho, 'Trás-os-Montes' (1976), de António Reis e Margarida Cordeiro, 'Maria do Mar' (1930), de Leitão de Barros, 'A noite' (1999) de Regina Pessoa, e 'As Fado Bicha' (2024), de Justine Lemahieu.

'A Savana e a Montanha', filme de Paulo Carneiro que aborda a luta da comunidade transmontana de Covas do Barroso contra a exploração de lítio na região, foi candidato ao prémio de melhor longa-metragem documental ibero-americana.

Nesta secção o vencedor foi 'Tardes de solidão', do espanhol Albert Serra, coproduzido por Portugal, sobre tauromaquia espanhola.

'Ouro negro', do japonês Takashi Sugimoto, produzido pela portuguesa Uma Pedra no Sapato e rodado na Índia, em torno de uma tradição comercial de cabelo negro das mulheres, também esteve na corrida nesta categoria.

Na competição de curtas-metragens ibero-americanas figurou 'Tapete voador', filme realizado e produzido por Justin Amorim, "baseado numa das várias histórias reais do maior caso de pedofilia institucionalizada em Portugal".

'Sonhar com leões', de Paolo Marinou-Blanco, uma comédia negra sobre a eutanásia, esteve na secção oficial de longas-metragens ibero-americanas de ficção.

Para o Prémio Maguey, que celebra as cinematografias LGBT, concorreu o filme 'Duas vezes João Liberada', de Paula Tomás Marques, sobre uma personagem ficcional que podia ter existido: alguém perseguido e marginalizado durante a Inquisição por ter tido uma conduta de vida que não correspondeu às normas da época sobre sexualidade e género.

O filme 'Two ships', do norte-americano McKinley Benson, com coprodução pela Cola Animation, era candidato ao prémio de melhor curta-metragem de animação, e 'La memoria de las mariposas', da peruana Tatiana Fuentes Sadowski, com coprodução portuguesa da Oublaum Filmes, competiu pelo prémio de cinema socio-ambiental.

Leia Também: Margarida Corceiro protagoniza filme espanhol ao lado de famoso ator

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