O amor "é um tema inesgotável em termos poéticos" que o músico usou "muitas vezes de maneira mais trivial" e "mais quotidiana".
"No fim de contas, não separo o amor da vida", disse.
Em algumas das suas criações, como 'Quimera do ouro' e 'Espalhem a notícia', canta mesmo o "amor sensorial" e o "amor erótico", exemplificou Sérgio Godinho.
"Há canções que eu tenho, como a 'Quimera do ouro', que são canções de amor sensorial, nitidamente".
Também 'Espalhem a notícia', segundo o autor, "fala de nascimento de uma criança, mas também de um amor erótico no seu refrão": "vou ao fundo do mar no corpo de uma mulher".
Na quinta-feira, Sérgio Godinho assistiu, no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra (UC), a uma sessão evocativa do Dia dos Namorados, subordinada ao tema 'O amor, os sentidos e o cérebro', na qual o padre Paulo Simões dissertou sobre o texto bíblico 'Cântico dos cântico', considerado "um dos mais belos poemas de amor de todos os tempos", atribuído ao rei Salomão.
Numa sala repleta de estudantes, Sérgio Godinho ouviu atentamente, na primeira fila, a intervenção daquele especialista do Instituto Justiça e Paz, bem como as do botânico António Xavier Coutinho, do Departamento de Ciências da Vida da UC, e da investigadora Cláudia Cavadas, da Faculdade de Farmácia e Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra.