O prémio intitula-se 'Anno Uno', criado em memória do realizador Roberto Rossellini, e será entregue a Vítor Gonçalves no dia 23, no encerramento no festival.
Nascido nos Açores em 1951, Vítor Gonçalves é autor de uma curta carreira na realização, embora esteja há várias décadas ligado ao cinema português, por via do ensino e da produção, através da Trópico Filmes, que fundou nos anos 1980.
O realizador rodou a primeira longa-metragem, 'Uma rapariga no verão', em 1986. A segunda foi estreada mais de vinte anos depois, em 2013 com 'A vida invisível', e atualmente prepara o terceiro filme.
Dá aulas desde a década de 1980 na Escola Superior de Teatro e Cinema e coproduziu 'O Sangue', de Pedro Costa, e 'A nuvem', de Ana Luísa Guimarães.
Em Trieste, a entrega do prémio de carreira será acompanhada pela exibição daqueles dois filmes e por um debate com o realizador sobre o cinema português.
Já estreado comercialmente em Portugal e no Reino Unido, 'A vida invisível' integrou vários festivais de cinema, em Roma, Roterdão ou São Paulo, e recebeu os prémios de melhor filme e melhor ator - para João Perry - atribuídos pela Sociedade Portuguesa de Autores.
O prémio de carreira daquele festival também distinguiu, anteriormente, o realizador Paulo Rocha.