Festival de Almada em julho com 20 espetáculos de teatro e dança

Vinte espetáculos, um dos quais em estreia, constituem a programação do 42.º Festival de Almada, a decorrer nesta cidade de 04 a 18 de julho e que este ano homenageia Lia Gama, foi hoje anunciado.

Teatro, concerto, ópera, cadeiras, plateia

© Shutter Stock

Lusa
18/06/2025 11:38 ‧ há 2 horas por Lusa

Cultura

Festival de Almada

No total, o 42.º Festival de Almada, organizado pela Companhia de Teatro de Almada (CTA) e pela Câmara Municipal local, contabiliza 46 espetáculos de teatro e dança e 16 concertos ao ar livre, além de iniciativas paralelas como colóquios, debates e exposições.

 

'Qui som?', pela companhia franco-catalã Baro d'Evel, numa encenação de Camille Decourtye & Blaï Mateu Trias, fundadores da companhia, é o primeiro espetáculo do festival, a apresentar dias 04 e 05 no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, colocando duas questões: "Quem somos nós? E em quem é que nos queremos tornar?"

Apresentada na edição 2024 do Festival d'Avignon, 'Qui som?' reúne em palco um grupo de bailarinos, músicos, acrobatas, palhaços e um ceramista, num espetáculo "cheio de humor a meio caminho entre a dança e o circo", segundo a programação do certame.

Em Almada, o primeiro dia do evento fica marcado por 'Les gros patinent bien -- Cabaret de carton', peça que os franceses da Companhia Le Fils du Grand Réseau levam ao festival, num espetáculo de Pierre Guillois & Olivier Martin-Salvan.

Já a companhia organizadora estreia 'Um adeus mais-que perfeito', com texto do austríaco Nobel da Literatura Peter Handke, na Sala Experimental do Teatro Municipal Joaquim Benite.

Encenada por Teresa Gafeira, a peça conta a 'espiral de dor que arrastou a mãe do escritor para o sofrimento, levando-a a terminar com a vida aos 51 anos, em 1971, um ano antes de o texto ser escrito', refere a programação.

'Friends of Forsythe', com curadoria de William Forsythe & Rauf 'Rubberlegz' Yasit é o primeiro espetáculo oriundo da Alemanha e de dança a apresentar, dias 05 e 06, na sala principal do Teatro Municipal Joaquim Benite.

Ao Fórum Municipal Romeu Correia regressa, dias 06 e 07, a companhia marionetista Carlo Colla & Figli com o Espetáculo de Honra 2024, 'La tempesta', um texto de Shakespeare numa versão traduzida por Eduardo de Filippo, encenado por Eugenio Monti Colla, que põe em palco mais de 150 marionetas.

'Telhados de Vidro', do Teatro da Trindade, 'A casa morreu -- Diário de uma República III', pela Amarelo Silvestre, a partir de fotografias de Augusto Brázio & Nelson D´Aires, com direção artística de Fernando Giestas, 'Há qualquer coisa prestes a acontecer', com direção artística de Victor Hugo Pontes, e 'As aves', da mala voadora e das Comédias do Minho, são as produções portuguesas que se seguem.

'History of Violence', um texto de Édouard Louis, com encenação de Thomas Ostermeier e versão deste e de Florian Borchmeyer e do próprio autor do texto, é a peça que a histórica Schaubühne Berlin traz à Sala Principal do Teatro Municipal Joaquim Benite.

Entre 10 e 14 de julho, em Lisboa, a Culturgest volta a receber 'A colónia', de Marco Martins, enquanto a 10 de julho o coletivo francês Petit Travers apresentará 'S'assurer de ses propres murmures', num espetáculo de Julien Clément & Pierre Pollet onde um malabarista e um baterista criam uma peça a partir do primeiro verso de um poema de René Char (1907-1988).

No Fórum Romeu Correia, em Almada, Cristóvão Capos volta a protagonizar 'Monóculo, Retrato de s. Von Harden', um texto de Stéphane Ghislain Roussel, com encenação de Rui Neto, numa produção da Lobo Mau.

'El Rey que fue' é a primeira peça que os espanhóis da Els Joglars trazem ao Palco Grande, da Escola D. António da Costa, num espetáculo com direção artística de Albert Boadella, que assina a dramaturgia com Ramón Fontserè.

Também de Espanha chega Xavier Bobés, ao Cineteatro da Academia Almadense, com 'El mar- Visión de unos niños que no lo han visto nunca'.

'Marius' é o espetáculo que a companhia Louis Brouillard traz de França, numa criação de Joël Pommerat livremente inspirada na peça de Marcel Pagnol, em colaboração com Caroline Guiela Nguyen e Jean Ruimi e que será apresentada na Sala Principal do Teatro Municipal Joaquim Benite.

Da Alemanha regressa também a Almada também a Familie Flöz, desta vez com a peça 'Teatro Delusio', numa encenação de Michael Vogel, um teatro de máscaras sem palavras.

'Zugzwang' é o que apresentam os franceses do Galactik Ensemble, numa criação coletiva do grupo composto por cinco artistas formados na École Nationale des Arts du Cirque de Rosny-sous-Bois, num espetáculo a representar no Palco Grande da Escola D. António da Costa.

Na véspera e no último dia do festival, a Companhia Nacional de Bailado apresenta 'Quatro Cantos num Soneto & The Look', enquanto a encerrar a 42.ª edição do festival estará, no Palco Grande da Escola D. António da Costa, o coletivo Teatro Biondo Palermo, com 'Extra Moenia', de Emma Dante.

Associado às comemorações dos 500 anos do nascimento de Camões, esta edição do certame conta ainda com os Encontros na Casa da Cerca -- 'Camões, Camões' - coorganizados pela Comissão para as Comemorações do V Centenário do Nascimento do autor de 'Os Lusíadas'.

Além da exposição 'Espetáculos de honra, escolhas do público', de José Manuel Castanheira, destaque também para 'Linogravuras', de Jorge Nesbitt, autor do cartaz e da capa do programa do festival, bem como para a 'Na casa dos Espelhos', também de José Manuel Castanheira, de homenagem à atriz Lia Gama, nascida no Fundão, em 1944.

Leia Também: Imagem e palco voltam a cruzar-se já hoje no Festival Temps d'Images

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