O núcleo duro dos GNR continua a ser constituído por Toli César Machado, Jorge Romão e Rui Reininho, mas pela banda têm passado outros músicos, sobretudo para assegurar os espetáculos, pelo que se dá agora uma renovação. Nas guitarras mantém-se Andy Torrence, mas Samuel Palitos (A Naifa e ex-Censurados) entra para a bateria e Paulo Borges (Rita Redshoes), para os teclados.
Esta alteração faz parte de uma mudança de estratégia na forma como os GNR se querem posicionar no panorama português, e que passa, por exemplo, pela edição do novo álbum pela Indiefada, um selo discográfico criado pela banda.
"Não estávamos contentes com as coisas como estavam e decidimos avançar. É uma coisa que já outras bandas fazem, isto da edição própria, até porque os discos cada vez se vendem menos. Nós demorámos um bocadinho, mas estamos a adaptar-nos ao mercado", disse.
Para o diretor artístico, compositor e único membro que permanece desde a fundação, os GNR têm de explorar sobretudo a vertente ao vivo - "ainda temos muito gozo em tocar, pelo menos eu tenho" - e as novas formas de escuta e difusão de música, nomeadamente o streaming em serviços online como Spotify.
Os GNR já não editam um álbum de originais desde 2010, ano em que publicaram ‘Retropolitana’. Pelo meio editaram uma coletânea com versões de temas antigos e um DVD ao vivo.
O novo registo, ainda sem título, é produzido por Mário Barreiros e tem como single de avanço o tema ‘Cadeira elétrica’. Toli César Machado diz que o álbum é um regresso aos tempos antigos dos GNR.
"É um bocadinho voltar ao início, com menos convidados, e retomamos o som dos GNR, aquelas marcas da banda, nas baterias, nas guitarras, um som mais limpo, com menos instrumentos", elencou o músico.
Ainda antes de lançar o novo álbum, os GNR mantêm a agenda de concertos, já com a nova formação: 07 de fevereiro, em Vinhais, 20 de fevereiro, em Tomar e, no dia seguinte, em Portalegre.