Meteorologia

  • 18 MAIO 2024
Tempo
16º
MIN 13º MÁX 20º

Luxemburgo regressa à Eurovisão 31 anos depois (e leva cantora israelita)

A jovem israelita venceu o concurso luxemburguês com o tema 'Fighter'. Atrás ficaram 'Drowning in the Rain' de Krick e 'Believer' do português Joel Marques Cunha.

Luxemburgo regressa à Eurovisão 31 anos depois (e leva cantora israelita)
Notícias ao Minuto

12:36 - 29/01/24 por Notícias ao Minuto

Cultura Eurovisão

A cantora Tali Golergant, de origem israelita, foi a escolhida para representar o Luxemburgo, no Festival Eurovisão da Canção. O país vai regressar ao concurso após uma ausência de 31 anos e a escolha da artista surge numa altura em que vários artistas ameaçam boicotar a participação de Israel devido à atual ofensiva na Faixa de Gaza.

Segundo o jornal The Times of Israel, Tali Golergant tem 23 anos, nasceu em Jerusalém, e é filha de mãe israelita e de pai peruano. Mudou-se para o Luxemburgo quando ainda era criança e estudou numa escola internacional do país. Atualmente, vive em Nova Iorque, nos Estados Unidos, mas viajou para o Luxemburgo para competir na final nacional Luxembourg Song Contest, o equivalente ao Festival da Canção.

Na noite de sábado, a jovem israelita venceu o concurso luxemburguês com o tema 'Fighter', cantado em francês e inglês, obtendo um total de 178 pontos - 94 do júri e 84 do público. Atrás ficaram 'Drowning in the Rain' de Krick, com 165 pontos, e 'Believer' do português Joel Marques Cunha, com 136 pontos.

Numa entrevista recente, Tali afirmou ter "orgulho em ser israelita" e amar o país que visita, pelo menos, uma vez por ano.

"A canção é sobre ser um 'lutador' na vida. Todos nós lidamos com coisas na vida; a canção é sobre como lidar com as dificuldades", explicou Tali sobre a sua música, que foi escrita por Ana Zimmer, Dardust, Manon Romiti e Silvio Lisbonne. 

No seu caso, lutou para ser reconhecida na indústria musical, "mas toda a gente tem a sua guerra e por isso o tema é universal", adiantou.

A produção do Luxembourg Song Contest esteve também a cargo de uma israelita: Tali Eshkoli. A produtora de televisão fez parte da delegação de Israel na Eurovisão durante vários anos e foi responsável pela produção do evento em 2019, quando se realizou em Telavive.

Sublinhe-se que artistas da Islândia, Finlândia e da Noruega já anunciaram a intenção de boicotar a 68.ª edição do Festival Eurovisão da Canção caso Israel participe. A televisão estatal da Islândia já avançou, inclusive, que a decisão de participar no concurso ficará a cargo do artista que vencer a oportunidade de representar o país.

Após o anúncio de que Israel iria participar no certame, a União Europeia de Radiodifusão defendeu que "o Festival Eurovisão da Canção é um concurso para as emissoras públicas de toda a Europa e do Médio Oriente". "É um concurso para as emissoras - não para governos - e a emissora pública israelita participa no concurso há 50 anos", reiterou.

Israel na Eurovisão? "É um concurso para emissoras, não para governos"

A organização do Festival Eurovisão da Canção afirmou que "a emissora pública israelita cumpre todas as regras do concurso" e, por isso, "poderá participar no concurso do próximo ano". Sobre o facto de ter expulsado a Rússia após a invasão da Ucrânia, explica que o país violou os "valores dos meios de comunicação social públicos".

Márcia Guímaro Rodrigues | 15:49 - 10/12/2023

Este ano, o concurso realiza-se em Malmo, na Suécia, entre os dias 7 e 11 de maio. 

O Luxemburgo anunciou, em maio de 2023, que iria voltar a participar na Eurovisão. O regresso acontece 31 anos após a última participação do Grão-Ducado, em 1993, e 40 anos após a última vitória, em 1983. 

Com cinco vitórias, o Luxemburgo é o segundo país mais bem sucedido do concurso, ao lado de França, Países Baixos e Reino Unido, que ficam atrás apenas da Suécia (7) e da Irlanda (7).

Leia Também: Artistas da Noruega (também) querem banir Israel da Eurovisão

Recomendados para si

;
Campo obrigatório