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Projetos de coesão? Diretor-geral das Artes nota "discriminação positiva"

O diretor-geral das Artes destacou hoje que o programa Artes e Coesão Territorial, destinado aos territórios de baixa densidade cultural, se baseou numa discriminação positiva de apoio, intervindo onde é preciso.

Projetos de coesão? Diretor-geral das Artes nota "discriminação positiva"
Notícias ao Minuto

20:54 - 08/01/24 por Lusa

Cultura Coesão territorial

por isso que há 34 projetos aprovados em todas as áreas artísticas e em sítios em que quase não havia oferta ou criação artística profissional", disse à agência Lusa o diretor-geral das Artes, Américo Rodrigues.

Falando no primeiro encontro de projetos do programa, que decorre hoje na Pampilhosa da Serra, no interior do distrito de Coimbra, o responsável frisou que "deve ser a primeira vez, que, num mapa de apoio às artes, não há nenhum concelho do litoral, porque o apoio é mesmo dado aos sítios que necessitam desse reforço".

"Aquelas zonas em que identificávamos mais dificuldades e fragilidades no trabalho artístico profissional, sobretudo a zona de Trás-os-Montes e alguns municípios do Centro, vão ter projetos apoiados", realçou.

O diretor-geral entende que programa Artes e Coesão Territorial não pode ser uma ação avulsa e tem de ter continuidade, por ser um instrumento inovador de apoio que chega a todo o país, sobretudo a zonas com "menor atividade artística profissional".

Américo Rodrigues destacou ainda o facto de estes projetos estabelecerem o envolvimento das comunidades, não como figurantes, mas como autores ou atores, e vigorarem por um período de dois anos, quando os apoios são anuais, além de serem monitorizados pelo Observatório Português de Atividades Culturais.

"Queremos dar-lhe continuidade e daqui a dois anos lançar um concurso [do programa] com mais dinheiro e o envolvimento de outras parcerias para dar mais um contributo para que zonas às vezes isoladas, com fraca densidade populacional, ultraperiféricas, tenham algum apoio para que haja trabalho artístico profissional", adiantou.

Por seu lado, Rui Telmo Gomes, do Observatório Português para as Artes Culturais, que integra a equipa de avaliação, destacou que a maioria dos projetos partiu dos territórios onde vão ser desenvolvidos e têm "forte enraizamento cultural".

Entre os vários critérios de avaliação, Rui Gomes apontou como mais-valias o "enraizamento e a vinculação aos territórios, mas também a capacidade de durante os dois anos [de vigência] estarem previstas já as estratégias de continuidade além do período financiado".

Pampilhosa da Serra acolheu hoje o primeiro encontro de projetos do programa Arte e Coesão Territorial, suportados pelo programa de apoio em parceria entre a Direção-Geral das Artes e o ISCTE -- Instituto Universitário de Lisboa, através do Observatório Português das Atividades Culturais.

Os 34 projetos artísticos apoiados pela Direção-Geral das Artes em territórios de baixa densidade cultural são de 30 municípios, dos quais 13 pertencem à região Norte, sete ao Centro, oito ao Alentejo e seis às regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

Na sessão de abertura, o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, salientou que 24 dos projetos aprovados não tinham recebido qualquer apoio anterior.

Este concurso, cuja dotação global foi de um milhão de euros, resultou do acordo com o ISCTE, através do Observatório Português das Atividades Culturais.

O programa vai apoiar projetos culturais com a duração máxima de dois anos e que se desenvolvam com a participação das comunidades, estruturas, artistas e agentes socioculturais locais.

Leia Também: Ministro defende envolvimento das CCDR no programa Artes e Coesão

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