Em comunicado, Miguel Guedes alerta para a "importância de uma clarificação por parte dos municípios, o mais urgentemente possível, para não se hipotecar a candidatura aos fundos europeus do Norte 2030, cujo lançamento está previsto para o início do ano de 2024".

Em causa está o recuo de sete dos 17 municípios da AMP em comparticiparem as obras de reabilitação do Coliseu do Porto, cujo apoio tinha sido aprovado por unanimidade das autarquias presentes na reunião de trabalho do Conselho Metropolitano do Porto realizada em 20 de outubro.

À época a decisão foi contestada pela Câmara de Valongo, que, ausente da respetiva reunião de trabalho, defendeu que a mesma não era válida porque o encontro não tinha poder deliberativo, dado exigir a presença de todos os municípios da AMP.

"É, por isso, da maior urgência que os municípios da Área Metropolitana do Porto, associada de referência da AACP, assumam as suas responsabilidades perante um equipamento que é também seu património e que serve toda a região", insiste Miguel Guedes.

Na nota de imprensa, o presidente da instituição recorda que o apoio unânime verificado em outubro levou à convocação de uma Assembleia Geral do Coliseu, com a presença do ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, e do presidente da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues onde, "também de forma unânime, reverteu-se o paradigma da concessão e devolveu-se ao Coliseu a estabilidade e o futuro há muito desejados para que esta Instituição de Utilidade Pública possa continuar a servir os públicos e os artistas".

Referindo a "perceção clara e inequívoca" na sociedade civil da "importância que o Coliseu tem na região" bem como que "também a maioria do poder político tem mostrado um entendimento poucas vezes sentido entre todas as forças partidárias", Miguel Guedes elogiou a posição de Rui Moreira na reunião do executivo, com o apoio de todas as forças políticas da cidade, de que não vai deixar cair o Coliseu.

A terminar o comunicado, a direção da AACP disse manter a confiança de que será possível alcançar, sob liderança de Eduardo Vítor Rodrigues, um acordo entre todos os municípios da AMP.

Rui Moreira defendeu na segunda-feira que, perante a falta de "vontade política" da Área Metropolitana do Porto em comparticipar as obras do Coliseu, é preferível a AMP deixar de ser sócia da associação que gere o equipamento.

Na mesma ocasião o autarca do Porto disse aos jornalistas acreditar que o presidente da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues, estaria a tentar resolver o problema.

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