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Temporada do S. Luiz tem teatro, ópera e 'A Boémia de um Cabaret Sonoro'

O Teatro S. Luiz, em Lisboa, abre a temporada a 02 de setembro com 'A Boémia de um Cabaret Sonoro', prossegue com teatro, ópera, música, cinema e envolve criadores e estruturas como Vítor Rua, Tiago Correia e Cátia Pinheiro.

Temporada do S. Luiz tem teatro, ópera e 'A Boémia de um Cabaret Sonoro'
Notícias ao Minuto

17:30 - 19/07/23 por Lusa

Cultura Porto

A estreia da ópera 'A Tempestade', de Jean Sibelius, sobre o texto de William Shakespeare, com encenação de António Pires, é a primeira de uma programação anunciada pelo teatro, a cumprir até ao final de dezembro, que também inclui novas produções das companhias Artistas Unidos, Teatro Praga, Cão Solteiro, que acolhe espetáculos de A Turma e do festival Alkantara, e homenageia Pedro Gonçalves (1970-2021), dos Dead Combo, com o concerto 'Um Olhar Que Era Só Teu', em que participam mais de duas dezenas músicos.

'A Boémia de um Cabaret Sonoro', de Suzie and the Boys, é um concerto "num ambiente de blues, ritmos latinos, mambo, swing e rock and roll", protagonizado por Miss Suzie e "uma pequena orquestra" de oito músicos vindos de projetos como Irmãos Catita, Cool Hipnoise, Ena Pá 2000, Terrakota, X-Wife, Cais Sodre Funk Connection, Farra Fanfarra e Tora Tora Big Band, entre outros.

Na abertura da temporada, também haverá 'Zabra Soundscapes', do artista João Pedro Fonseca e do DJ Manuel Bogalheiro, projeto conjunto, que se assume como "movimento artístico com espaço dedicado à experimentação e investigação".

A 07 de setembro, é feita a antestreia da ópera filmada 'virino kaj naturo # _' (título original em esperanto de 'Mulher e Natureza'), com música de Vítor Rua e libreto de Ilda Teresa Castro; uma ópera "ecofeminista e ecomulherista", que faz uma aproximação aos movimentos Black Feminism e Black Lives Matter, liderados por mulheres afro-americanas.

A estreia portuguesa de 'A Tempestade' acontece a 13 de setembro e fica em cena durante uma semana. A produção reúne a companhia do National Operetta's Theatre de Kiev, a Orquestra Metropolitana de Lisboa e o projeto participativo Coro do Festival de Verão.

A montagem evoca a mensagem de Shakespeare e coloca-a no "momento que a humanidade atravessa, com uma sangrenta guerra a acontecer em plena Europa", tomando as palavras de Próspero, com mais de 400 anos, como "tema central": "Só o perdão e a redenção podem veicular um futuro e uma ideia de continuidade."

'Um Olhar Que Era Só Teu - A Música dos Dead Combo', concerto que não é "nem uma celebração, nem uma despedida", acontece a 28 de setembro, lembrando Pedro Gonçalves e, além de Tó Trips, a outra metade do duo, reúne mais de 20 músicos como Aldina Duarte, Alexandre Frazão, Filipe Melo, Gaspar Varela, Mário Delgado, Nuno Rafael e Peixe.

'O Salto', de Tiago Correia, com a companhia A Turma, fica em cena de 04 a 08 outubro. A peça resulta da investigação sobre a emigração portuguesa dos ´anos de 1960, parte de testemunhos reais, e tem o objetivo de "levantar o véu a um período da história" que "se mantém tabu, pela miséria e obscurantismo em que se vivia, pela opressão da ditadura ou porque invoca o tema dissidente da deserção da guerra colonial."`

O S. Luiz acolherá ainda as estreias de 'Europa', de David Greig, pelos Artistas Unidos, com encenação de Pedro Carraca, em outubro; 'Abstract', de Cão Solteiro e Vasco Araújo, em novembro; e 'Bravo 2023!', do Teatro Praga, que encerra dezembro. Cátia Pinheiro apresentará 'Carta à Matilde', em setembro.

Em outubro, o ciclo 'Topografias Imaginárias - Do punk ao near silence', do Arquivo Municipal De Lisboa - Videoteca, mapeia "o encontro entre cinema, música e Lisboa", com filmes de Edgar Pêra, Nuno Calado e David Francisco, Ricardo Espírito Santo, Nuno Duarte e Nuno Galopim, atravessando universos de músicos e bandas como Censurados, Pop Dell'Arte, Manuel João Vieira e os Irmãos Catita, sem esquecer o palco do Rock Rendez Vous por onde todos passaram.

Em novembro, o projeto multidisciplinar 'Kilombo', do coletivo Aurora Negra (Cléo Diára, Isabél Zuaa e Nádia Yracema), com o programa ainda em construção, promete constituir-se como "lugar de força e libertação", reunindo artistas que, "com a sua arte, têm contribuído para a criação de sonhos e utopias".

Esta é a primeira temporada sob a direção artística de Miguel Loureiro, mas ainda "maioritariamente desenhada" pela sua antecessora, Aida Tavares, como o novo diretor afirma na apresentação.

A abertura da temporada, a 02 de setembro, tem entrada livre, sujeita à lotação.

A programação integral pode ser consultada no 'site' do teatro.

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