O ministro da Cultura comentou, esta sexta-feira, a última polémica do Governo, de onde saiu Carla Alves, pouco mais de 24 horas depois de ter tomado posse como secretária de Estado da Agricultura.
Confrontado com a possibilidade de a ministra responsável pela pasta, Maria Céu Antunes, já saber do arresto de contas conjuntas com o marido que a secretária de Estado tinha, Adão e Silva notou que a explicação "já tinha sido dada" à altura da decisão da saída.
"É uma avaliação entre as duas e que, de facto, rapidamente se concluiu que era melhor a decisão que a secretária de Estado tomou", referiu.
Efetivamente, esta manhã, pouco depois destas declarações, o Ministério da Agricultura e da Alimentação emitiu um comunicado onde contrariava a notícia de que Carla Alves teria informado Maria do Céu Antunes acerca do arresto de contas.
As declarações aconteceram nas celebrações dos 50 anos do jornal Expresso, onde também foi questionado sobre, de forma mais geral, a existência de ultimatos para o Governo por parte de Marcelo Rebelo de Sousa.
"Não há ultimatos. Creio que há uma ótima relação entre o Presidente e o Governo", afirmou, acrescentando: "Isso tem ajudado muito o país. É um dos fatores de estabilidade nos últimos anos e acho que isso continua a ser assim", esclareceu.
Questionado sobre se a autoridade do Executivo estaria no nível mais baixo "de sempre", também não hesitou em responder. "A autoridade do Governo depende da maioria no Parlamento, da boa coabitação com a Presidência da República e da capacidade de diálogo com a sociedade e conjunto do país", enumerou.
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