"Sequelas do Brumário" completa trilogia poética de Arménio Vieira

O poeta cabo-verdiano Arménio Vieira, vencedor do Prémio Camões em 2009, vai lançar em maio o livro "Sequelas do Brumário", terceiro e último tomo do ciclo poético iniciado há um ano com "Brumário" e "Derivações do Brumário".

"Sequelas do Brumário" completa trilogia poética do cabo-verdiano Arménio Vieira

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Lusa
29/04/2014 16:40 ‧ 29/04/2014 por Lusa

Cultura

Livros

Segundo a imprensa local, com "Sequelas do Brumário", de 130 páginas, fica concluída a trilogia poética em que Arménio Vieira, tal como nos dois livros anteriores, publica versos livres, notas poéticas e miscelâneas.

Citada na edição "online" do jornal A Semana, a contista brasileira Márcia Souto, responsável da Rosa de Porcelana Editora e há muito radicada em Cabo Verde, indicou que apenas cinco dos 90 textos são em verso, "poemas explícitos", e que a maior parte mostra-se em "prosa poética".

"Mas todos trazem reflexões poéticas, metapoéticas e filosóficas e literárias. A complexidade de autores como Arménio Vieira torna extremamente desafiante fazer leituras prévias de um projeto que ainda não se afirma como o fim de um ciclo, porque o autor, não obstante ter feito até aqui uma carreira constante, vive um novo ciclo que o desafia a dialogar com o público com mais frequência", considerou Márcia Souto.

Para a editora, acrescentou, é um "privilégio poder trabalhar com estetas tão criativos" como Arménio Vieira, dono de um texto que, na ótica editorial, "impõe um selo de qualidade" que não se orienta apenas para o público cabo-verdiano e lusófono.

"No caso de Arménio Vieira, é o próprio mercado mundial que chama por ele. É, a todos os títulos, um autor cabo-verdiano de dimensão internacional", referiu.

Márcia Souto indicou que a Rosa de Porcelana Editora está a apostar na internacionalização de Arménio Vieira, sobretudo juntos dos países que se expressam em língua portuguesa.

Em junho de 2013, "O Brumário" e "Derivações do Brumário", sob a chancela da Biblioteca Nacional de Cabo Verde e da Publicom, acabou com um interregno de três anos, quando Arménio Vieira publicou "O Poema, a Viagem, o Sonho", sequência lógica da mistura da poesia de "Poemas" (1981) e "MITOGrafias" (2006), da novela "O Eleito do Sol" 1990) e do romance "No Inferno" (1999).

Natural da Cidade da Praia, cidade presente em boa parte da sua poesia, dono de uma obra inconfundível, cabo-verdiana e ao mesmo tempo universal, Arménio Vieira revelou-se na primeira metade da década de 60 do século XX, juntamente com os também poetas cabo-verdianos Mário Fonseca e Osvaldo Osório.

Em 2009 tornou-se o primeiro escritor cabo-verdiano a obter o Prémio Camões, a mais importante distinção literária na língua portuguesa. "Sou um poeta, apenas isso", reagiu então.

 

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