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Peça 'Se te portares bem, vamos ao McDonald's' estreia-se no Bairro Alto

Uma criança de 7 anos que representa uma que morreu recentemente é o centro da peça 'Se te portares bem, vamos ao McDonald's', que se estreia dia 27 no Teatro do Bairro Alto (TBA), em Lisboa.

Peça 'Se te portares bem, vamos ao McDonald's' estreia-se no Bairro Alto
Notícias ao Minuto

19:18 - 12/10/22 por Lusa

Cultura Teatro do Bairro Alto

O espetáculo "foi pensado como uma sátira e de alguma forma acaba por encapsular todos os espetáculos que tenho feito, já que reúne muitas temáticas e muitas pessoas de trabalhos anteriores", disse à agência Lusa Mário Coelho, autor do texto e da encenação.

A peça fala de uma empresa, num futuro não assim tão distante, até porque o autor descobriu recentemente "tratar-se de algo que já existe no Japão", que contrata pessoas para se fazerem passar por aquilo que o cliente desejar.

Nesta empresa existe apenas uma regra: a partir do momento em que o trabalho seja aceite o contrato não pode ser violado exceto se a vida do contratado for posta em risco.

'Se te portares bem, vamos ao McDonald's' acaba "por ser quase um paralelismo com o próprio trabalho de ator", acrescentou.

Segundo o autor, o espetáculo segue uma personagem - a protagonista, interpretada por Rita Rocha Silva -, que é uma trabalhadora nova naquela empresa, mas que é "quase considerada" a estrela.

A protagonista é então chamada para estar junto de uma família, durante uma semana, onde desempenhará o papel de uma criança de 7 anos, que morrera há pouco tempo com leucemia.

Ao longo de uma semana, Rita Rocha Silva vai-se assumindo como a criança ao mesmo tempo que o público vai assistindo a um espetáculo "com várias camadas, mas que no final acaba quase de forma circular", referiu Mário Coelho.

O objetivo da mãe - e cliente - foi que se criasse um novo "elemento de união numa família completamente destruída pela morte de uma criança".

As dinâmicas e algumas discussões familiares acabam por decorrer da contratação da mãe a uma pessoa que se faça passar por sua filha.

Galardoado, em 2021, com o Prémio Revelação Agias Teatro Nacional D. Maria II, Mário Coelho estreia-se agora no Teatro do Bairro Alto, num espetáculo ficcional sobre uma empresa de substitutos humanos cujo texto será editado na coleção Livrinhos do Teatro dos Artistas Unidos.

A interpretar estão também Cleo Diára, Inês Vaz, Mariana Guarda, Mariana Pacheco de Medeiros e Pedro Baptista.

A cenografia é de Joana Subtil, o desenho de luz de Manuel Abrantes e o vídeo de Mário Coelho e da Temper Creative Agency.

Coproduzido pelo Festival Temps D'Images e Teatro do Bairro Alto, o espetáculo estará em cena até 30 de outubro, com sessões à quinta, sexta-feira e sábado, às 19:30, e, ao domingo, às 17:30.

No dia 28 a sessão terá legendagem em inglês e, no dia seguinte, terá audiodescrição e interpretação em Língua Gestual Portuguesa.

No final da récita de dia 29 haverá uma conversa com os atores que será moderada por José Maria Vieira Mendes.

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