Ao fim de 18 dias, a 92.ª edição da Feira do Livro de Lisboa chegou ao fim, a 11 de setembro. Contando com a maior oferta literária até à data e 961 chancelas presentes, esta edição “completamente renovada e mais sustentável” brindou 772 mil visitantes com cultura e entretenimento.
“Entre curiosos e ávidos leitores, o destaque desta edição vai para os jovens, que foram uma agradável surpresa pela sua adesão substancial e consistente. Segundo o estudo da IPSOS realizado durante o evento, registou-se um aumento considerável do número de jovens dos 18 aos 24 anos, totalizando já 37% dos visitantes”, revela a organização, em comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
Muitos visitaram o evento no Parque Eduardo VII pela primeira vez (22%), e tantos outros não estiveram na edição anterior (45%).
O digital foi, também, um dos grandes destaques no que toca a distribuição de conteúdo e cobertura, contando com 2.7 milhões de pageviews na página dedicada à Feira. “Entre 25 de agosto e 11 de setembro, as redes digitais da Feira do Livro de Lisboa (Facebook, Instagram e Twitter) somaram a visita de mais de 1.7 milhões de pessoas”, detalha a entidade.
Ainda que os fins de semana tenham registado um maior fluxo, batendo recordes de visitantes, o destaque recaiu sobre a enorme afluência dos leitores à famosa Hora H, de segunda a quinta-feira.
“A Feira voltou a entregar uma programação cultural inesquecível, com cerca de 2.300 eventos pensados para todas as idades. Desde a abertura de portas até ao fim de cada dia, entre cinema, concertos, sessões de autógrafos, workshops, debates, lançamentos de livros, jogos com crianças, showcooking e muito mais, as propostas culturais não deixaram ninguém indiferente e os visitantes encheram diariamente os vários auditórios e palcos espalhados por toda a Feira”, complementa a organização.
Mas as atividades não se ficaram por aqui. Os visitantes puderam ainda visitar o pavilhão dedicado à Ucrânia, onde, entre documentários e livros em ucraniano, foi possível ver as ilustrações que a jovem Veronika Malchenko, refugiada ucraniana de 14 anos, dedicou ao seu país.
“É com muito orgulho que podemos afirmar que, graças ao trabalho de todos os envolvidos, a 92.ª edição da Feira do Livro de Lisboa foi um enorme sucesso e os números falam por si. Quer a nível de visitantes – 772 mil pessoas – como a nível de vendas, cujo balanço é muito positivo também, com uma subida generalizada das vendas face à última edição para a maior parte dos participantes”, considera Pedro Sobral, presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL).
Por sua vez, a campanha ‘Doe os seus Livros’, uma parceria da APEL com o Banco de Bens Doados (BBD), “voltou a ser um sucesso e a ter números assinaláveis”, com a recolha de um total de 65.200 livros, tanto “em boas condições a ser entregues a instituições de solidariedade”, como “não tão novos que serão encaminhados para a iniciativa ‘Papel por Alimentos’”.
Assim, a organização aponta que a 92.ª edição da Feira do Livro de Lisboa “foi mais ecológica, completa e preparada para todos”, contando “com uma programação pensada ao pormenor e uma oferta literária única” que regressará em 2023.
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