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Mais de 200 obras de Nuno Barreto numa retrospetiva sobre vivência

Mais de 200 obras sobre a vivência e transformação artística de Nuno Barreto, em Macau, vão estar reunidas na retrospetiva "Beber da Água do Lilau", que é inaugurada na sexta-feira no Museu do Oriente, em Lisboa.

Mais de 200 obras de Nuno Barreto numa retrospetiva sobre vivência
Notícias ao Minuto

22:31 - 07/03/22 por Lusa

Cultura Museu

Acrílicos, guaches, serigrafias, cadernos de desenhos, esboços, apontamentos, revistas, livros, catálogos e fotografias fazem parte desta exposição com base no espólio pessoal de Nuno Barreto, que procura captar o espírito do lugar e das gentes que povoam a cidade de Macau.

A exposição, que é inaugurada na sexta-feira, às 18:30, e ficará patente até 26 de junho, faz uma viagem de ordem cronológica - de 1963 a 2009 - pelo percurso artístico de Nuno Barreto, marcado pela pintura abstrata e figurativa.

O título é retirado de uma popular frase local: 'Aquele que beber da água do Lilau, jamais esquecerá Macau', referindo-se a uma fonte de água de nascente do território.

As peças selecionadas procuram captar a trajetória do artista, aliando as suas várias facetas enquanto pintor, artista plástico, pedagogo e intelectual, inicialmente fortemente abstrata, mas que se deixa cativar pela vertente figurativa para representar pessoas, lugares e vivências deste território, refere a organização, num texto sobre a mostra.

Entre as peças encontra-se 'Embarque no Pátria' (1999), "que assinala em tom caricatural a despedida portuguesa da administração de Macau com a ironia transversal ao conjunto das obras figurativas" de Nuno Barreto, a par de 'Mesa Comum', onde retábulos chineses apenas permitem vistas parciais.

Nuno Barreto fez a sua formação académica na Escola Superior de Belas Artes do Porto, em 1966, de onde seguiu para uma pós-graduação na Saint Martin's School of Art, em Londres.

Foi professor auxiliar na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e, posteriormente, convidado pelo Governo de Macau a preparar o projeto da Academia de Artes Visuais do Instituto Cultural de Macau, que dirigiu desde a sua fundação em 1988.

Posteriormente, ocupou o cargo de diretor da Escola de Artes Visuais do Instituto Politécnico de Macau, de 1993 a 1997.

O percurso artístico de Nuno Barreto foi fortemente influenciado pelo contacto com a cultura chinesa, que tentou conhecer nas suas várias vertentes, incluindo a História, salienta o Museu do Oriente.

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