A exposição junta pela primeira vez estas artistas, que vivem em Maputo, e nas suas obras estarão expostos temas como "as questões de género, discriminação, inclusão e exclusão social das mulheres em Moçambique e no continente africano".
O interesse criativo das artistas passa ainda por temas relacionados com "o isolamento e a emoção afetada pelas questões da crise atual".
Serão 20 as obras que estarão expostas até 30 de março, nomeadamente uma série de pinturas, desenhos e ilustrações com o uso de acrílico, pastel de óleo, carvão e tinta de óleo, tinta da China e aguarelas sobre a tela e papel.
As artistas "usam a literatura em momentos de pausa para complementar o seu processo criativo, recorrendo, neste caso, à poesia e à prosa".
A exposição é resultado de "um grande mergulho interno para a autoanálise fundamental, que comprova a necessidade de aprender a lidar com as mudanças, as perdas e os ciclos", indica a galeria que a acolhe.
"Pela herança africana, Taíla e Nália percebem a morte como uma das poucas certezas da vida. De acordo com as suas crenças, a morte não significa um ponto final, mas sim uma mudança de estado, deixando de lado o corpo físico para dar lugar a outra forma de estar no espaço. E isto aplica-se no sentido literal e figurado. Não existe um fim, existe uma transformação", prossegue-se na nota informativa.
Leia Também: Encontro de jazz em Santiago do Cacém regressa "ao ritmo normal"