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Companhia de teatro de Viana assinala 30 anos com "450 dias de festa"

O Teatro do Noroeste - Centro Dramático de Viana (CDV) assinala os 30 anos de fundação com "450 dias de festa e construção" centrada no futuro da companhia profissional da capital do Alto Minho, foi hoje anunciado.

Companhia de teatro de Viana assinala 30 anos com "450 dias de festa"
Notícias ao Minuto

16:17 - 01/09/21 por Lusa

Cultura Teatro

"De 01 de setembro de 2021 a 20 de dezembro de 2022, vamos ter, a partir deste teatro [Sá de Miranda], 450 dias de festa e construção, expandidos por diversas tipologias sete iniciativas, criações, coproduções, acolhimentos, residências, exposições, edições e oficinas", afirmou a presidente da companhia, Elisabete Pinto.

A responsável, que falava em conferência de imprensa para apresentação do ciclo "30 Anos de Futuro", disse ser aquele o "mote e fio condutor de uma programação comemorativa que vai revisitar a história do Teatro do Noroeste-CDV desde sua fundação, no teatro municipal Sá de Miranda, em 1991", e que irá sendo anunciada ao longo do próximo ano.

Elisabete Pinto adiantou que aquela programação exorta a um "olhar para o presente" do projeto cultural nas suas várias aceções, "por exemplo, a de ser hoje o maior empregador do setor artístico profissional dos dez concelhos do Alto Minho", empregando, "com contrato de trabalho", 18 pessoas.

Segundo a presidente da companhia, outros dos desafios que se colocam ao Teatro do Noroeste-CVD prendem-se com o futuro que é preciso "pensar, planear e projetar para os próximos cinco anos", tendo em conta "o próximo Quadro de Apoio Sustentado às Artes e o programa Europa Criativa 2021/2027".

O diretor artístico do Teatro do Noroeste-CDV, Ricardo Simões, anunciou que em 2022 a companhia vai iniciar um programa de residências, em permanência, designado Sala Aberta, que funcionará, a partir de janeiro, "durante todo o ano", na sala de ensaios do teatro municipal, destinado a acolher "todos os artistas".

Até final do próximo ano, a companhia quer ainda criar a Academia CDV. Trata-se de um novo espaço para instalar mais uma sala de ensaios, um estúdio de áudio e vídeo, um centro de documentação, uma biblioteca para acolher 600 livros e um arquivo para o espólio da companhia.

Quanto à programação do ciclo comemorativo dos 30 anos do Teatro do Noroeste-CDV, Ricardo Simões explicou que arranca no dia 10, com a comédia musical "Inconsolável Viúva", de e com Fernando Gomes.

Aos jornalistas, o ator disse ser um espetáculo divertido, com muita música, muitas canções, um estilo que agrada, de uma maneira geral, a um público vasto.

A 147.ª criação da companhia "marca o regresso do ator, autor e encenador português ao palco da capital do Alto Minho".

A peça vai estar em cena até 25 de setembro, com sessões de quarta-feira a sábado, às 19:00, aos domingos, às 16:00 e, no dia 17 de setembro, sexta-feira, às 21:00.

Em outubro, sobe ao palco da sala principal do Sá de Miranda, a peça "Gostava de estar viva para vê-los sofrer", interpretada por Ana Bustorff, com encenação do espanhol Inácio Garcia.

Ainda em outubro, o programa inclui a peça "Yolo", "uma das primeiras coproduções que serão apresentadas no ciclo dos 30 anos, uma criação de uma artista natural do concelho, Sara Inês Gigante".

Em novembro, decorre o Festival de Teatro de Viana do Castelo, este ano com mais dois dias para acomodar os espetáculos que não se realizaram em 2020 devido à pandemia de covid-19.

O programa do festival será apresentado no dia 12 de outubro, com um concerto do coletivo Azenha, mas Ricardo Simões adiantou que incluirá "cinco das 10 coproduções que o Teatro do Noroeste-CDV está a apoiar há mais de um ano".

A primeira será do coletivo Cassandra, um espetáculo que vai ser interpretado pela atriz, dramaturga e encenadora Sara Barros Leitão.

Presente no encontro com os jornalistas, Sara Barros Leitão explicou tratar-se da peça "'Monólogo de uma mulher chamada Maria com a sua patroa' que foi roubado a um dos textos que compõem o livro 'Novas Cartas Portuguesas', escrito em 1971".

A atriz, que se estreou há 11 anos no teatro municipal Sá de Miranda, disse ter ficado "emocionada com os projetos de futuro do Teatro do Noroeste-CDV depois de mais de um ano e meio tão duro para tantos colegas" do setor das artes.

"O que precisamos mesmo é de pensar no futuro porque neste momento é como se não houvesse futuro para tanto passado que ficou por fazer. É muito esperançoso", disse Sara Barros Leitão, que realçou o facto de a companhia "ser a principal empregadora" do setor no distrito de Viana do Castelo.

A atriz destacou ainda a aposta do Teatro do Noroeste nas coproduções, por proporcionar condições para que concretização de projetos artísticos.

"É isso que significa ser coprodutor. É acreditar em projetos que ainda não existem. Que não são já sucessos de bilheteira e que podem nunca vir a ser, que podem ser verdadeiros 'flops' e está tudo bem porque só com o erro é que se consegue caminhar e encontrar novas coisas", disse.

O dia 06 de dezembro, data em que se cumprem os 30 anos da companhia, vai ser marcado pela estreia de "Hantíguna" a partir do texto de Sófocles, reescrito e com encenação de Guilhermo Heras e tradução de Alexandra Moreira da Silva.

A peça permanece em cena até 18 dezembro "e é a primeira coprodução do Teatro do Noroeste-CDV com o Teatro Nacional São João, do Porto".

No dia 21 de dezembro, um concerto por Pedro Caldeira Cabral marcará a apresentação da programação para 2022, uma parceria entre a companhia e a Câmara de Viana do Castelo.

Os concertos de apresentação da programação da companhia são de entrada livre.

Leia Também: A um mês da estreia, foi divulgado o trailer final de 'No Time To Die'

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