Cinemateca quer fazer chegar projeto europeu CinEd a "públicos excluídos"

O programa europeu CinEd, de educação e cinema para crianças e jovens, pretende chegar a novos públicos, que estão mais excluídos da experiência cinematográfica, anunciou hoje a Cinemateca Portuguesa, coordenadora do projeto.

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Lusa
26/05/2021 17:34 ‧ 26/05/2021 por Lusa

Cultura

Cinemateca

 

A Cinemateca Portuguesa, em Lisboa, lidera, desde outubro, o projeto europeu CinEd, que envolve uma dezena de países na divulgação do cinema europeu e criação de públicos, entre os seis e os 19 anos.

Na apresentação pública do CinEd, hoje em Lisboa, o diretor da Cinemateca, José Manuel Costa, e o subdiretor, Rui Machado, afirmaram que este é um "projeto estruturante" e que a candidatura à sua coordenação fez parte de uma estratégia de "posicionamento internacional da Cinemateca".

O CinEd foi criado em 2015, sob coordenação do Instituto Francês, com financiamento do programa Europa Criativa, e é agora continuado, por dois anos, pela Cinemateca Portuguesa, à frente de um consórcio que reúne vários países europeus, entre os quais Espanha, Itália, Lituânia, Finlândia, e, pela primeira vez, Alemanha e Croácia.

Portugal já fazia parte deste projeto, com a participação da Cinemateca e da associação Os Filhos de Lumière como parceiros, mas é agora coordenado pelo instituto português.

A existência do projeto passa por uma plataforma digital, na qual estão disponíveis mais de uma dezena de filmes, entre longas e curtas-metragens, de cinema europeu, acessíveis para professores e alunos, juntamente com os respetivos cadernos e conteúdos pedagógicos.

O CinEd inclui também a formação de professores e a realização de sessões de cinema em sala. Da coleção de filmes disponibilizados fazem parte três obras portuguesas: "Aniki bobó", de Manoel de Oliveira, "Sangue", de Pedro Costa, e "Uma pedra no bolso", de Joaquim Pinto.

Na apresentação de hoje, Rui Machado e José Manuel Costa explicaram que pretendem introduzir novas funcionalidades na plataforma e expandir a sua utilização, para promover a inclusão social e chegar "a públicos excluídos", que não têm habitualmente acesso à prática cinematográfica e à experiência do cinema em sala.

"Se têm dúvidas do impacto e da influência [de projetos destes] no futuro das sociedades, estejam numa sessão destas e vejam como as crianças e os jovens reagem, perguntam e respondem", sublinhou José Manuel Costa.

Apesar de o projeto chegar às mãos da Cinemateca num contexto difícil e sob "forte impacto" da pandemia da covid-19, que impede contactos mais presenciais entre as entidades parceiras, a direção quer também "criar sinergias" com outros projetos de educação pelo cinema, nomeadamente o Plano Nacional do Cinema e o Plano Nacional das Artes.

Segundo a Cinemateca, o projeto CinEd conta com um orçamento de um milhão de euros, dos quais 70% são financiados pelo programa Europa Criativa e os restantes 30% pelos parceiros envolvidos.

Na primeira fase, entre 2015 e 2020, o CinEd promoveu o cinema europeu e chegou a mais de 62 mil crianças e jovens e realizou cerca de 1.400 projeções de cinema.

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