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Concurso para piscina do arquiteto Souto Moura chumbado

A abertura do concurso público para construção das novas piscinas de S. João da Madeira pelo arquiteto Eduardo Souto Moura foi chumbada em reunião de Câmara pelos vereadores da oposição, em maioria no Executivo.

Concurso para piscina do arquiteto Souto Moura chumbado
Notícias ao Minuto

13:32 - 03/02/14 por Lusa

Cultura S. João da Madeira

Segundo explicou hoje à Lusa fonte da autarquia presidida pelo PSD, a construção efetiva da infraestrutura "só avançaria com garantia de apoios comunitários", mas PS e um independente rejeitaram o concurso devido ao que os socialistas definem como preocupações com "custos bastante exigentes".

Em causa está a substituição da piscina atual, que, com várias décadas, é apontada pela autarquia como "desajustada à procura e desadequada em termos ambientais e económicos". Construir de raiz um novo equipamento era, para o PSD, "mais barato do que intervir na velha piscina".

Em 2011 decorreu o concurso público internacional para o projeto de arquitetura e o de Souto Moura foi selecionado entre 46 candidaturas. A proposta do arquiteto distinguido com o Prémio Pritzker destacara-se por apostar "numa forte permeabilidade visual dos espaços internos afetos às valências centrais do equipamento com o recinto das piscinas exteriores".

Em termos energéticos, o júri também destacava o "controlo otimizado de todas as instalações técnicas do edifício e o recurso a energias renováveis, assim como a implementação de processos de gestão eficiente de água".

Na última reunião de Câmara, os vereadores sociais-democratas apresentaram ainda um parecer técnico emitido em janeiro deste ano pela Federação Portuguesa de Natação, que nele elogiava a vertente "verde" do edifício.

O documento realçava ainda que "a articulação de planos de água constituídos por tanques específicos para aprendizagem, formação, atividades lúdicas e terapêuticas, e bebés - com o ginásio integrado no mesmo edifício - permite sinergias importantes para a formação e promoção do desporto e da saúde pública".

Os vereadores do PS, por sua vez, afirmam que a rejeição do procedimento concursal para a empreitada se deve sobretudo ao facto de não terem obtido resposta "às dúvidas e questões levantadas na reunião de Câmara e nos dias que a antecederam".

Os esclarecimentos solicitados prendem-se com "as questões de sustentabilidade de um equipamento que, pela sua complexidade, envolverá custos de funcionamento e manutenção bastante exigentes para o município, por exemplo ao nível energético".

Referindo que os socialistas estiveram disponíveis para votar numa próxima reunião, o comunicado da concelhia afirma que "o presidente da Câmara optou por forçar tal votação, pelo que o PS não teve outra alternativa que não fosse o voto contra".

Para os vereadores socialistas, "num contexto de graves constrangimentos financeiros como aquele que se vive, os recursos públicos devem ser criteriosamente aplicados, sem que possam vir a comprometer as gerações futuras".

O tema voltará à discussão na próxima quinta-feira, em reunião extraordinária do Executivo constituído por três vereadores PSD, três do PS e um independente, que também votou contra a abertura do concurso.

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