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Terceira Pessoa promove festival 'Singular' no último trimestre do ano

A Terceira Pessoa, estrutura de Castelo Branco que desenvolve projetos artísticos, promove, durante o último trimestre do ano, a primeira edição do festival 'Singular', que propõe uma programação caracterizada pelo cruzamento de várias disciplinas artísticas, foi hoje anunciado.

Terceira Pessoa promove festival 'Singular' no último trimestre do ano
Notícias ao Minuto

19:39 - 28/09/20 por Lusa

Cultura Castelo Branco

"Trata-se de um festival caracterizado pela singularidade das propostas cujo objetivo passa pela criação de experiências raras no sentido de interpelar novos olhares e leituras novas através das artes", explicou, em conferência de imprensa realizada na Fábrica da Criatividade de Castelo Branco, Nuno Leão, da Terceira Pessoa.

A primeira edição do 'Singular' - ciclo de criação artística pluridisciplinar - começa no dia 19 de outubro e estende-se até ao dia 12 de dezembro, apresentando sete momentos, entre espetáculos, instalações e performances, na Fábrica da Criatividade de Castelo Branco, um espaço municipal dedicado à criação artística e a projetos na área das indústrias criativas.

Caracterizada pelo cruzamento de várias disciplinas artísticas, a programação do 'Singular' tem uma forte componente urbana, contemporânea e experimental e pretende afirmar-se como um projeto inovador no panorama cultural da região.

O ciclo arranca no próximo dia 19 com a instalação de João Dias, 'Freezing Mass', uma obra escultórica 'site-specific' com estruturas leves e de grande escala, que vai estar patente na fachada exterior do edifício da Fábrica da Criatividade, até ao dia 12 de dezembro.

Gustavo Costa, músico e compositor vai apresentar 'PHOBOS', uma instalação sonora composta por um conjunto de pequenos 'robots' e dispositivos de geração automática de música, que se agregam numa orquestra robótica disfuncional, uma orquestra de estranhos instrumentos com defeitos, mutações genéticas e comportamentos errantes.

A instalação inaugura no dia 29 de outubro, pelas 21:30, e pode ser visitada até ao dia 11 de novembro.

A dupla Sara Vaz e Marco Balesteros apresentam, no dia 11 de novembro, 'Ensaios para Livro-Caractere', uma investigação sob a forma de ensaios, que abordam a luz e o corpo como personagens que assumem uma forma cénica e simultaneamente editorial.

Já no dia 18 de novembro, o coletivo LAMA leva ao palco do auditório da Fábrica da Criatividade "Romeu e Romeu", um espetáculo que parte da obra de Shakespeare para criar um lugar de provocação.

Outro espetáculo em estreia absoluta é 'Silêncio', pela associação cultural Coletivo, no dia 25 de novembro.

Esta é uma performance que nasce a partir da obra de 1973 de Rúben A., 'Silêncio para 4', onde atriz e espetador marcham sobre um manifesto cívico e político.

A programação do 'Singular' é também marcada pela formação, estando agendado um 'workshop' de dramaturgia nos dias 05 e 06 de dezembro, intitulado 'EN-SAI-O'.

Nesta oficina, desenvolvida por Ricardo B. Marques, o objetivo é olhar para o que habitualmente faz parte do modo operativo e do quotidiano, e a partir daí para a criação de algo diferente.

Para terminar a primeira edição deste ciclo, no dia 12 de dezembro, decorre a apresentação pública de "O Espaço Cura Tudo", pelo coletivo Os Espacialistas que, nas ruas da cidade de Castelo Branco, vão ao encontro do lugar do corpo e das suas ligações com as circunstâncias presentes.

Esta apresentação acontece depois de uma residência artística deste projeto de mediação transdisciplinar das ligações entre arte, arquitetura e educação.

Ana Gil, da Terceira Pessoa, explicou que, face às dificuldades que os artistas enfrentaram devido à pandemia da covid-19 e dado que o ciclo "Singular" estava inicialmente previsto para se realizar em abril, maio e junho, foi decidido pagar aos artistas antecipadamente 50% da remuneração total.

"Trata-se de uma decisão nossa e que foi tomada por uma questão de ética", sustentou.

Já para os espetadores que pretendam assistir aos diversos espetáculos ou performances, o pagamento é decidido pelo próprio, sendo que o valor mínimo estipulado é de cinco euros.

Apenas a frequência do 'workshop' de dramaturgia foi estipulada em 10 euros.

Nuno Leão explicou que estes valores servem para fazer face a algumas despesas de logística com os artistas presentes, atendendo a que o valor do financiamento do município de Castelo Branco e da Direção-Geral das Artes não cobre o total das despesas.

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