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Homenagem a Helena Sá e Costa na Casa da Música é virtual este ano

A maratona de pianistas que anualmente assinala, na Casa da Música, no Porto, o aniversário de Helena Sá e Costa vai realizar-se de forma virtual este ano, devido à pandemia de covid-19, anunciou a instituição.

Homenagem a Helena Sá e Costa na Casa da Música é virtual este ano
Notícias ao Minuto

13:19 - 22/05/20 por Lusa

Cultura Música

"Lançada em 2013, pelo centenário do nascimento de Helena Sá e Costa, a maratona de instrumentos de tecla, protagonizada por estudantes de instrumentos de tecla, tem este ano um caráter virtual. Em vez das atuações de piano, cravo e órgão, que habitualmente se faziam ouvir em diversos espaços da Casa, as interpretações de cada aluno foram gravadas e enviadas ao Serviço Educativo da Casa da Música", pode ler-se num comunicado.

No total, chegaram à Casa da Música mais de 400 vídeos, a ser divulgados ao longo do fim de semana, com participações das várias regiões do país, desde Olhão a Bragança, passando por Ponta Delgada.

"Professora dos Conservatórios de Lisboa e Porto, com uma ação pedagógica de grande relevo, o legado de D. Helena, como era tratada pelos alunos, permanece vivo entre várias gerações de pianistas. Enquanto concertista, Helena Sá e Costa percorreu as salas de concerto da Europa, EUA, Canadá, Brasil, Angola e Moçambique", lembra a Casa da Música.

Helena Sá e Costa (1913-2006) nasceu numa família de músicos, neta de Bernardo Valentim Moreira de Sá, fundador do Conservatório de Música do Porto e filha da pianista Leonilda Moreira de Sá e Costa e do pianista e compositor Luiz Costa, além da irmã, Madalena, uma das violoncelistas mais reconhecidas do país.

Ao longo de várias décadas, atuou em concerto em dezenas de países e colaborou com vários músicos e compositores, recebendo em 1983 a Medalha de Mérito da Cidade do Porto e em 1989 a mesma distinção da Secretaria de Estado da Cultura, bem como o Prémio Almada (2000), entre outros galardões.

O Jornal de Letras, no obituário que lhe dedicou após a sua morte em 08 de janeiro de 2006, afirmou que "a história contemporânea do piano, em Portugal, pode contar-se através de um nome, Helena Sá e Costa".

E foi mais longe ainda: "O seu caminho contém as etapas dos grandes intérpretes mundiais e a construção de um legado, em sucessivas gerações. Estudou com Alfred Cortot e Edwin Fischer, acompanhou músicos como Pablo Casals e Arthur Grumieux, trabalhou com as maiores orquestras e regentes. A crítica internacional reconheceu-lhe 'a compreensão perfeita' de Bach, Mozart, Beethoven".

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