Em comunicado, o Atelier-Museu Júlio Pomar lembra que, em parceria com a Residency Unlimited, proporciona anualmente a um artista português, ou dupla de artistas, uma residência com três meses de duração, naquela instituição nova-iorquina.

O artista é proposto e nomeado por um júri independente de reconhecido mérito, que este ano foi composto por João Laia, Filipa Oliveira e Sara Antónia Matos, em representação do Atelier-Museu.

O júri escolheu Joana da Conceição, de 38 anos, como artista residente da quinta edição desta parceria, que terá lugar entre fevereiro e abril de 2020, adianta a entidade em comunicado enviado à agência Lusa.

"É de salientar o interesse das nomeações apresentadas, tendo as mesmas suscitado um debate de elevada pertinência entre o júri que, na nomeação e escolha dos artistas teve em conta a adequação dos seus perfis e percursos artísticos à situação da residência", aponta.

Na nomeação de Joana da Conceição, além da consistência do trabalho artístico desenvolvido, foi considerado decisivo o momento oportuno da carreira em que a artista se encontra para beneficiar do programa e relações de networking providenciadas pela Residency Unlimited.

A Residency Unlimited é uma estrutura sediada em Nova Iorque, que opera no campo das artes e que promove o intercâmbio entre profissionais, nacionais e internacionais, através dos seus programas exclusivos de residências.

Nas edições anteriores foram vencedores André Cepeda (2015/16), João Marçal (2016/17), Catarina de Oliveira (2017/18) e Von Calhau (2018/19).

Joana da Conceição, nascida em Rebordões, concelho de Santo Tirso, distrito do Porto, em 1981, vive e trabalha em Lisboa.

O seu pensamento e prática desenvolvem-se em pintura e música, e as apresentações públicas do seu trabalho oscilam entre as duas.

Concluiu a licenciatura em Artes Plásticas -- Pintura em 2004, e o mestrado em Práticas Artísticas Contemporâneas em 2008, ambos pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.

Juntamente com André Abel, forma, desde 2005, o duo Tropa Macaca.

Foi distinguida com o Prémio Anteciparte Millenium BCP (2005), foi bolseira Inov-art no Rio de Janeiro, participou nas residências da ZDB (2011) e na residência artística Lagamas promovida pela Cournelius Foundation (2013).

Das últimas apresentações do seu trabalho destacam-se: 'Singular Dividido', na Galeria do Torreão Nascente da Cordoaria, Lisboa, 2019; 'O Berço de Vénus', Casa dos Crivos, Braga, BoCA Bienal, 2019; 'Guia Interior - Joana da Conceição & Tropa Macaca', Capela de Serralves, Serralves em Festa, Porto, 2018.

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