Com 15 obras a concurso, o júri decidiu atribuir o prémio à pintura "A Bancada", de Pedro Miguel Carola Espanhol, de Borba.
Trata-se de um prémio no valor de 2.500 euros, destinado a evocar o pintor Henrique Pousão, natural de Vila Viçosa, e estimular os artistas alentejanos.
Mestre de pintura impressionista, Henrique Pousão é considerado um dos maiores nomes da pintura portuguesa da segunda metade do século XIX.
O júri decidiu ainda atribuir três menções honrosas, à obra 'Interlúdio de um Sonho que Pintava', da autoria de Duarte Parreira, de Évora, ao trabalho 'Registo 007 - Figo', de Fernando Manuel Martins Gil, de Veiros, concelho de Estremoz, e à obra intitulada 'Pão Duro', de Rui Alexandre Amador Macedo, residente em Lisboa.
A entrega do prémio, de acordo com o município, vai decorrer num ato público a realizar em novembro.
O prémio de pintura esteve aberto a artistas naturais ou residentes no Alentejo, com obras inéditas e originais, da sua exclusiva propriedade, e, segundo a autarquia, "contemplou total liberdade temática", tendo sido "admitidas todas as tendências e correntes estéticas, desde que se enquadrassem na disciplina de pintura".
Instituído em 1985 pelo município de Vila Viçosa, este prémio, segundo a autarquia, pretende contribuir para a evocação de Henrique Pousão "ilustre pintor calipolense e proeminente figura da arte e da cultura do século XIX".
Nascido a 01 de janeiro de 1859, em Vila Viçosa, Henrique César de Araújo Pousão viveu apenas 25 anos, tendo falecido em 1884.
Henrique Pousão é também um dos mais ilustres antigos alunos da Universidade do Porto, formado em Desenho Histórico, Arquitetura Civil, Escultura e Pintura Histórica na Academia Portuense de Belas-Artes, antecessora direta da Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto.
A maior parte das pinturas do artista pode ser vista no Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto, e no Museu do Chiado, em Lisboa.