O programa 'Saber-Fazer Português', em parceria com as áreas governativas da Economia, Turismo, e do Trabalho, pretende afirmar a produção artesanal tradicional como "um setor dinâmico, inovador e sustentável", afirmou a ministra da Cultura, Graça Fonseca.
Inserido na estratégia nacional da Cultura para o período entre 2019 e 2024, este programa assenta em quatro pilares: preservação, educação, capacitação e promoção.
No papel "do conhecimento e da preservação, existem muitas unidades produtivas, como a cestaria, que é preciso conhecer, saber onde estão, conhecer a sua dimensão e caracterizar", explicou a ministra aos jornalistas.
"Há muito trabalho a fazer para registar tecnologias orais, que se transmitem de pessoa para pessoa, de mestre em mestre".
Na educação, pretende-se "trazer os mais novos para quererem aprender o saber-fazer português nas suas diferentes manifestações".
No pilar da capacitação, pretende-se "apoiar e capacitar os artesãos e as unidades produtivas artesanais através de medidas individuais e sectoriais", lê-se na informação disponibilizada à imprensa.
Graça Fonseca explicou, no âmbito das medidas de capacitação, que "muitas das unidades produtivas que existem têm dificuldades diferentes, não só de passagem de geração em geração, mas de modelo de negócio, de chegar ao mercado, de conseguir vender aquilo que produzem".
"No eixo da promoção há duas dimensões importantes: o cruzamento com o turismo, onde o programa vai construir rotas turísticas do saber-fazer português, e a promoção no mercado internacional para estas unidades produtivas e para estas pessoas que trabalham o saber-fazer português", acrescentou.
A sede do programa nacional estará implantada no Museu de Arte Popular, em Lisboa, "uma medida que irá projetar o museu para o futuro", anunciou a ministra, após a reunião do grupo de trabalho constituído para o relançamento do museu.
Na reabertura do museu, "o importante é, por um lado, olhar para a coleção e acervo do Museu de Arte Popular, como a coleção de cestaria, e, por outro lado, trazer exposições temporárias e permanentes e aplicar uma dimensão de museu vivo para ser uma montra do país", explicou aos jornalistas.
"A nossa ideia é, quer para o museu, quer para o Saber-Fazer, deixá-los, para o próximo Governo, concluídos e prontos, para ser possível, assim que o novo Governo tomar posse, concretizar estes dois projetos", acrescenta.
O programa "Saber-Fazer", que estará fechado, enquanto projeto, até setembro, constitui uma "aposta nas artes e ofícios, que promove a identidade própria do saber-fazer português, potenciando o seu impacto cultural, social e económico", lê-se no mesmo documento.
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