No âmbito de um acordo inédito assinado no início de Setembro com o Museu do Prado, em Madrid, o Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) vai receber esta exposição, primeira iniciativa entre as duas entidades.
De acordo com o MNAA, a exposição vai reunir 60 pinturas e será comissariada por Teresa Posada Kubissa, conservadora do Museu do Prado, da área de pintura flamenga e Escolas do Norte (até 1700).
A mostra, que viajou por algumas cidades espanholas, chegará à capital portuguesa com um número recorde de obras, segundo o museu.
De acordo com o MNAA, a exposição temporária será apresentada aos jornalistas na quarta-feira, às 15:30, pelos responsáveis do museu e da produtora de eventos Everything is New.
Criado em 1884, o MNAA acolhe a mais relevante colecção pública de arte antiga do país, desde pintura, escultura, artes decorativas portuguesas, europeias e da Expansão Marítima Portuguesa, desde a Idade Média até ao século XIX, incluindo o maior número de obras classificadas como tesouros nacionais.
Além dos Painéis de São Vicente, de Nuno Gonçalves, o acervo integra ainda, entre outros tesouros, a Custódia de Belém, de Gil Vicente, mandada lavrar por D. Manuel I e datada de 1506, os Biombos Namban, do final do século XVI, que registam a presença dos portugueses no Japão.
Piero della Francesa, Hans Holbein, o Velho, Pieter Bruegel, o jovem, Lucas Cranach, Albrecht Dürer, Jan Steen, Velásquez, van Dyck, Murillo, Ribera, Nicolas Poussin, Tiepolo são alguns dos mestres europeus representados na colecção do MNAA.