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Museus têm de dar mais visibilidade às obras depositadas em reservas

A ministra da Cultura, Graça Fonseca, quer que os museus portugueses tornem mais acessíveis ao público as obras depositadas em reservas, disse hoje aos jornalistas em Guadalajara, no México.

Museus têm de dar mais visibilidade às obras depositadas em reservas
Notícias ao Minuto

07:00 - 24/11/18 por Lusa

Cultura Graça Fonseca

A intenção foi explicada no final de uma exposição que Graça Fonseca inaugurou na sexta-feira no Museu Regional de Guadalajara, na véspera da abertura da Feira Internacional do Livro, que tem este ano Portugal como país convidado.

A exposição é dedicada à tradição dos lenços de namorados, juntando bordados recentes reinventados com frases de escritores portugueses, como Herberto Helder e José Luís Peixoto, e alguns panos antigos que preservam esta arte popular portuguesa.

Foi durante a visita guiada que Graça Fonseca manifestou algum espanto pelo facto de alguns dos lenços antigos expostos no México pertencerem às reservas do Museu Nacional de Etnologia, em Lisboa, e de nunca os ter visto expostos.

"É uma das áreas que queremos valorizar e vamos começar a reunir com os diretores de museus. Temos de fazer um esforço máximo possível para que o que está em reservas em museus esteja visível e mais acessível às pessoas. Cultura é isso", disse a ministra.

Se os museus argumentarem que não têm vigilantes para mais salas visitáveis com obras das reservas, a ministra responde: "Estou preparada para termos na cultura posições sem sempre necessariamente coincidentes entre todas as pessoas que têm de estar envolvidas neste esforço".

Na inauguração da exposição, a bordar 'in loco' esteve presente um artesão português, Fernando Rei, de Vila Verde, que aprendeu a bordar lenços de namorados quando era adolescente. Atualmente dedica-se apenas a esta arte, recupera desenhos e motivos antigos e novos tecidos de algodão e linho. Um lenço de namorados, com cores garridas e profusamente ilustrado com frases e motivos populares, pode demorar 150 horas a bordar.

Em Guadalajara, antes de participar hoje oficialmente na abertura da feira do livro, Graça Fonseca inaugurou ainda duas outras exposições, dedicadas a Almada Negreiros e a Ana Hatherly, em espaços culturais da cidade.

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