A morte do autor foi confirmada pelo Conselho Nacional para a Cultura e Artes do México.
Álvaro Mutis, 90 anos, Prémio Cervantes 2001, morreu num hospital da capital mexicana, de acordo com a imprensa local.
De acordo com a edição digital do diário El Universal, a viúva do escritor, Carmen Miracle, disse que o autor colombiano faleceu cerca das 16:20 (22:20 em Lisboa), na sequência de um problema cardiorrespiratório.
O responsável do Conselho Nacional para a Cultura e Artes do México, Rafael Tovar, expressou, através de uma mensagem publicada na rede social Twitter, os seus pêsames à viúva de Álvaro Mutis, bem como a Gabriel Garcia Márquez pela morte de um dos seus melhores amigos.
Pouco depois de conhecida a notícia, Gabriel Garcia Márquez, que também reside no México, escreveu apenas uma palavra no Twitter: "Mutis".
O velório do escritor tem lugar hoje, a partir das 10:00 locais (16:00 em Lisboa) na capital mexicana, indica a Efe.
Nascido em Bogotá em 1923, e estabelecido no México desde 1956, Álvaro Mutis era considerado um dos melhores poetas e narradores da sua geração e excecional exponente do "realismo mágico".
Além do Prémio Cervantes (2001), Álvaro Mutis foi galardoado, entre outros, com o prémio Príncipe das Astúrias de Letras e com o da Rainha Sofia de Poesia (ambos em 1997), bem como com o Prémio Médicis para melhor romance estrangeiro em França ("A Neve do Almirante", 1988).
Filho de um diplomata, Álvaro Mutis, que passou grande parte da sua infância na Bélgica, publicou os primeiros poemas e críticas no diário El Espectador de Bogotá, tal como o seu compatriota Gabriel Garcia Marques.