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Teatro do Montemuro dá início a novo espetáculo infantil este mês

O Teatro Regional do Montemuro apresenta até ao final do ano um novo espetáculo infantil e já tem agendada a criação de um outro para o início de 2019, anunciou hoje à agência Lusa o diretor artístico da companhia.

Teatro do Montemuro dá início a novo espetáculo infantil este mês
Notícias ao Minuto

22:00 - 07/09/18 por Lusa

Cultura Diretores

"Ainda este mês, vamos iniciar a criação de um novo projeto para a infância e, no início do ano, temos um novo projeto ligado à comunidade intermunicipal Viseu Dão Lafões com quem estamos a trabalhar e que vamos estrear em março" do próximo ano, anunciou o diretor artístico, Eduardo Correia.

'A velha casa de madeira' é o projeto que vai arrancar em setembro e destina-se ao "público mais jovem e que fará o circuito do primeiro ciclo da região e não só, andará pelo país todo, estará em digressão para espaços mais alternativos, mais pequenos" como a companhia gosta de trabalhar com o público mais novo.

"Todos os nossos projetos direcionados para a infância têm esta relação com o público, um público limitado para que a histórias passem, e é por aí que gostamos muito de trabalhar, nesta relação de proximidade com este público mais jovem, porque somos contadores de histórias", assumiu Eduardo Correia.

No início do próximo ano está já agendada outra criação, com estreia marcada para março, desta vez para os públicos adultos e ligada à comunidade intermunicipal Viseu Dão Lafões, que vem na sequência de um "microprojeto" intitulado 'Os contos de Baco' que se estreou em 2017.

"É um projeto que assenta no universo do vinho e da vinha e toda esta relação que existe neste território de Viseu Dão Lafões que se chamam 'Histórias que Dão prazer' e vão assentar muito nesta ideia do vinho e nos contos de Baco, de uma forma muito mais ambiciosa em termos do investimento quer humano quer técnico", explicou.

Uma ambição de crescer limitada pela Direção-Geral das Artes (DGArtes), que não financiou na totalidade o valor solicitado pela Associação Cultural, Desportiva e Recreativa do Fôjo, que é quem tutela a companhia do Teatro Regional do Montemuro que se assume como o "parte cultural da associação".

Dos mais de 900 mil euros apresentados em projeto, a DGArtes financiou 719 mil, valor que "é canalizado para a criação artística e para as dinâmicas que englobam o Teatro Montemuro e não tem a ver com qualquer outra atividade da associação, é exclusivamente para o núcleo cultural" da associação.

"O apoio é, claramente, insuficiente e nós já manifestámos isso, apesar de a nossa candidatura ter muito boa avaliação, ficou um bocado aquém do que foi a pontuação, tanto que não entendemos a pontuação, o porquê da pontuação, tanto que estávamos a contar" com o que não chegou, adiantou o diretor da companhia.

Eduardo Correia assumiu à agência Lusa que a associação "foi modesta" na apresentação do valor à DGArtes uma vez que solicitou "um valor que não era nada de mais para as atividades a realizar", isto, "tendo em conta a questão do país e muito em conta os valores anunciados através da DGArtes" para este quadriénio.

"Tivemos que retirar alguns projetos e reestruturar outros e ficámos com pena, porque o nosso projeto sai um pouco fragilizado dado que o que nós pensávamos não pode ser efetivamente concretizado em pleno, tivemos que fazer alterações o que vai, de algum modo, prejudicar o nosso projeto" pensado para estes quatro anos, lamentou Eduardo Correia.

Ainda assim, da programação para este quadriénio - 2018 a 2021 - o Montemuro continua "com espetáculos de rua, de dois em dois anos, espetáculos para a infância, para espaços alternativos, espetáculos mais convencionais para espaços mais convencionais, o Festival Altitudes e cada vez mais trabalho com as comunidades locais e não só".

No imediato para os primeiros dois anos, o Teatro Regional de Montemuro tem "cerca de sete criações" e, assegurou o diretor, "vai continuar a criar projetos para diferentes segmentos de público, para diferentes espaços físicos e também diferentes linguagens artísticas", independentemente do financiamento que chega.

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