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"Deixámos a habitação para o mercado e não respondeu ás necessidades"

Pedro Nuno Santos reconhece que "hoje temos muitas situações indignidade e muitos com dificuldade a aceder à habitação." Isto deve-se ao facto de este setor ter sido "deixado para o mercado", o que veio-se a ver "da forma mais dura, que o mercado não respondeu às necessidades da nossa população."

"Deixámos a habitação para o mercado e não respondeu ás necessidades"

"A Habitação foi sendo negligenciada pela administração central ao longo de anos", começa por afirmar Pedro Nuno Santos, Ministro das Infraestruturas e da Habitação, no seu mais recente post, na página oficial de Facebook. "Conseguimos construir um SNS para todos, educação pública e deixamos a habitação para o mercado", arremata o ministro.

Após assinados os Acordos de Colaboração entre o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e os Municípios de Vizela e Marco de Canaveses, esta terça-feira, Pedro Nuno Santos utilizou as suas redes sociais para mostrar a sua insatisfação: "Comprovámos da forma mais dura que o mercado não respondeu às necessidades da nossa população." 

Para o ministro, o mercado não soube atender às necessidades das famílias com mais dificuldades habitacionais e isso originou "muitas situações indignidade e muitos com dificuldade a aceder à habitação." 

Já em Marco de Canaveses, no distrito do Porto, durante a assinatura do acordo de colaboração, Pedro Nuno Santos reconheceu que as autarquias estiveram "sozinhas" durante décadas. "O Estado divorciou-se daquela que é a sua função em matéria de habitação. Deixámos este esforço para as autarquias, quase sozinhas, para dar respostas às necessidades da população", sustentou o governante.

De forma a contornar esta problemática, o Ministro das Infraestruturas e da Habitação sugere que "primeiro temos de responder aos mais carenciados." Ainda assim, não põe de parte as famílias com rendimentos intermédios e escreve no seu post que é preciso "dar um passo em frente e conseguir trabalhar na habitação para a população de rendimentos intermédios."

Note que a versão final do PRR conta com 2.733 milhões de investimentos para a habitação. Um investimento que pretende-se relançar e reorientar a política de habitação em Portugal, salvaguardando habitação para todos, através do reforço do parque habitacional público e da reabilitação das habitações indignas das famílias de menores rendimentos, por forma a promover um acesso generalizado a condições de habitação adequadas. Assim, "o que não for executado é perdido e precisamos de municípios que executem", finaliza Pedro Nuno Santos.

O Governo atingiu o 60.º Acordo de Colaboração entre o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e as autarquias locais assinado, para as respetivas Estratégias Locais de Habitação no âmbito do Programa 1.º Direito, recorde-se.

Esta terça-feira, somaram-se mais dois acordos: "Estive hoje com a Secretária de Estado da Habitação, Marina Gonçalves, em várias iniciativas na área da Habitação: em São João da Madeira estive no momento que assinalou a requalificação do parque habitacional do Orreiro, e em Vizela e Marco de Canaveses assinamos os acordos de colaboração com o IHRU para as respetivas Estratégias Locais de Habitação, no âmbito do Primeiro Direito", lê-se no post da página de Facebook de Pedro Nuno Santos.

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