Crescimento dos preços das casas em Singapura preocupa governo asiático
Valores dos imóveis em Singapura crescem no último trimestre. Governo asiático poderá ter de se juntar a outras nações de forma a acalmar o mercado imobiliário.
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Casa Singapura
Os preços das casas em Singapura cresceram num ritmo acelerado no último trimestre, preocupando o governo pois a solução para aliviar os custos poderá ter de se juntar a outras nações que estão a introduzir medidas para acalmar o mercado imobiliário, noticia a Bloomberg.
Os valores das habitações em Singapura aumentaram cerca de 2,9% nos três meses deste ano, revelam dados divulgados da Autoridade de Redesenvolvimento Urbano, sendo este o maior ganho desde o segundo trimestre de 2018.
Esta subida crescente está a criar preocupações ao governo asiático, sendo que Singapura poderá só consiguir controlar o mercado imobiliário caso se junte à Nova Zelândia, por exemplo, que no mês passado removeu incentivos fiscais para investidores imobiliários. Ou poderá juntar-se ao Canadá, onde o preço médio de uma casa em Toronto quebrou cerca de 795 mil dólares americanos, pela primeira vez em fevereiro.
Contudo, para Singapura, refere a Bloomberg, a especulação de medidas de alívio, impostas pela última vez em julho de 2018, têm vindo a aumentar nos últimos meses. As autoridades alertaram que taxas baixas podem mesmo provocar distorções nos preços dos imóveis e o mercado imobiliário poderá não ficar à frente dos fundamentos económicos.
Ainda assim, "as autoridades provavelmente estão a acompanhar outros indicadores de mercado, bem como como o crescimento do PIB do primeiro trimestre, se os preços das propriedades estão de fato a superar com a recuperação económica", disse Christine Sun, vice-presidente de pesquisa e análise da OrangeTee & Tie, em declarações à Bloomberg.
Saliente-se que os preços das casas em Singapura subiram 2,1% no trimestre anterior, enquanto todo o ano de 2020, os valores aumentaram 2,2%. Em 2018, o governo endureceu os limites de empréstimos, bem como aumentou os direitos fiscais aos estrangeiros e proprietários que compram as suas segundas casas.
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