Opel quer ver alteradas classes de portagem nas auto-estradas
A Opel Portugal está em conversações com as concessionárias de auto-estradas para chegarem a um consenso sobre as classes das portagens, isto porque, com as alterações introduzidas a nível mundial nos carros, a lei é considerada ultrapassada pela marca.
© Lusa
Auto Concessionária
João Falcão Neves, um português que assumiu os comandos do gigante norte-americano em Portugal - substituindo o espanhol Guillermo Sarmiento - refere, em entrevista à Lusa, que a tendência de as marcas desenharem carros mais altos está a prejudicar alguns modelos em Portugal que pagam classe 2 na auto-estrada quando apenas são pequenos veículos "e não camiões".
É o caso do seu mais recente modelo mini-SUV (Sport Utility Vehicle), o Mokka que, por mais dois centímetros é obrigado a pagar classe 2, "quando na prática o carro é um Corsa [pequeno utilitário da Opel] mais alto".
Para João Falcão Neves, "o correto seria que a taxação da auto-estrada fosse em função do peso bruto e pneus porque é isso que desgasta", mas à falta de uma alteração radical da lei, o responsável da Opel pede "uma excepção" para todas as marcas que apresentem ou venham a lançar modelos deste tipo.
"Tem que haver uma excepção na lei que permita que um carro com determinadas circunstâncias pague apenas classe 1", adianta, acrescentando que já abordaram a Brisa, a Associação Automóvel de Portugal (ACAP) e a associação das concessionárias de auto-estradas.
"Não é fácil haver uma solução e, neste momento, estamos a fazer o passo seguinte, que é abordar as autoridades competentes", frisa.
O responsável da Opel refere que todos os intervenientes têm que "assumir que as marcas vão desenvolver carros altos de preços competitivos" e que se não houver nenhuma alteração na lei, "este tipo de carros não se vão vender ou as marcas vão ter que rebaixar a suspensão".
A lei actual refere que qualquer veículo que tenha uma altura de eixo frontal acima do 1,10 metros deve pagar classe 2 nas portagens de auto-estrada.
Esta situação está a afetar alguns carros de várias marcas como a Opel, Chevrolet, Hyundai ou Kia que apresentam no mercado modelos que, dizem, praticamente são carros ligeiros e familiares e pagam classe 2 como se fossem SUV de luxo, pequenos autocarros ou carrinhas comerciais médias.
João Falcão Neves revela que em relação ao Opel Mokka, a marca já não espera qualquer alteração e refere que, para conseguir uma oferta competitiva, oferece aos clientes a diferença de preço entre a portagem de classe 1 e 2.
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