Modelos com um apelo desportivo estão longe de ser novidade para a Nissan. Atualmente, produz o Nissan Z, mas há outros automóveis que fizeram história como o Silvia. No entanto, devolvê-los à vida nos tempos modernos não é um desafio fácil. Assim explicou o novo diretor-executivo da empresa.
Para além da questão do preço ser acessível, que considera ser importante, Ivan Espinosa salientou que os produtos devem ser apelativos para os mais jovens. E, nesse sentido, o Silvia é uma proposta interessante para o líder da Nissan: "É um dos motivos pelos quais estou muito interessado no nome desse carro, até mesmo de uma perspetiva comercial".
Sem entrar em detalhes, Ivan Espinosa esclareceu que "é só uma ideia" que tem, embora tenha a esperança "que um dia se concretize".
No entanto, o dirigente reconheceu que isso não será fácil: "Quero muito trazer o Silvia de volta. Não sei se é possível, porque incorporar esse conceito na era moderna é extremamente difícil".
A mais recente geração do Silvia é o S15 com motor turbo 2.0, já descontinuada há mais de duas décadas: "É um dos melhores carros desportivos leves que já fizemos. […]. No entanto, considerando os regulamentos atuais e o desempenho em termos de segurança e colisões, é extremamente difícil criar um carro com um chassis tão leve. Mesmo assim, este é um dos nomes de carros que gostaria muito de trazer de volta", disse Espinosa.
Sem nunca passar da fase de produção, em 2013 foram lançados os protótipos desportivos IDx e IDx Nismo. Ivan Espinosa acredita no potencial existente, em particular junto dos condutores mais novos: "Acredito que um carro como o IDx serviria várias finalidades. Seria um carro que ajuda a expressar a marca Nissan. Em segundo lugar, tem o potencial para atrair um público mais jovem, já que é importante para um fabricante continuar a atrair clientes mais jovens para a marca".
Neste momento, a Nissan está a braços com dificuldades derivadas da quebra das vendas e receitas. Os seus planos de reestruturação incluem uma drástica redução de pessoal nos próximos anos, com a extinção de cerca de 20 mil postos de trabalho e o fecho de sete das 17 fábricas globalmente.
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