Proprietária maioritária, a Nissan pode estar a planear desfazer-se da sua participação nos Yokohama F. Marinos - um clube de futebol que atua no principal campeonato japonês.
De acordo com o Nikkei, que cita fontes não identificadas, o construtor automóvel terá contactado várias empresas com vista à possível venda. Possui 75 por cento da empresa que opera o clube.
O objetivo é selecionar potenciais compradores ainda este ano, para consumar o negócio em 2026. Por outro lado, segundo a NHK, a Nissan terá contactado o município de Yokohama no sentido de explorar a possibilidade de manter o seu nome no estádio da equipa, por metade do atual preço.
Parte do clube nipónico está nas mãos do City Football Group, de quem a Nissan é parceira desde 2014. No entanto, terá recentemente terminado o acordo de patrocínio e a presença da marca nos clubes do grupo vai começar a desaparecer.
O momento da Nissan é delicado, com quebras acentuadas de vendas e de lucros. No último ano fiscal japonês (que acabou em março de 2025), reportou prejuízos a rondar 3,8 mil milhões de euros.
O plano de reestruturação prevê uma redução de 15 por cento na sua mão-de-obra global, o que irá implicar milhares de despedimentos. Também está nos planos o fecho de sete das suas 17 fábricas e há rumores sobre a venda da sua sede em Yokohama.
Clube com mais de 50 anos
As origens do Yokohama F. Marinos remontam a 1972 e ao Nissan Motors Football Club - sediado na cidade de Yokohama. Viria a somar títulos nacionais, incluindo os três maiores em 1989, e continentais asiáticos.
Em 1992, com a criação da nova J.League, mudou de nome para Yokohama Marinos, enquanto em 1999 fundiu-se com os Yokohama Flügels para formar o atual Yokohama F. Marinos.
A Nissan é proprietária de 75 por cento do Yokohama F. Marinos, enquanto o City Football Group possui uma parte minoritária (os restantes 25 por cento).
Desportivamente, na presente época o Yokohama F. Marinos atravessa dificuldades: a seis jornadas do fim, luta para não descer, estando em igualdade pontual com uma das equipas em zona de despromoção - arriscando ter a pior campanha da sua história.
Chegou, ainda, aos quartos-de-final da J. League Cup e não passou da segunda eliminatória da Taça do Imperador. Há apenas dois anos, o clube foi finalista vencido da Liga dos Campeões asiática.
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