Os carros da Xiaomi ainda só estão na China, mas os planos da tecnológica são ambiciosos - incluindo entrar na Europa já dentro de dois anos. E as referências em que se baseia provam essa ambição de se tornar, ela mesma, numa referência.
A gama atual só inclui dois modelos, um SUV (o YU7) e um coupé (SU7). E a Tesla terá servido como referente no desenvolvimento do primeiro destes modelos.
Segundo a Business Insider, o diretor-executivo da empresa chinesa, Lei Jun, admitiu abertamente ter comprado automóveis da Tesla para estudar: "Comprámos três Model Y no início deste ano, desmontando as peças uma a uma, e estudámos todos os componentes, um de cada vez".
As declarações surgiram no seu discurso anual, perante várias pessoas na assistência no Centro Nacional de Convenções de Pequim. Segundo o responsável, a equipa teve uma cuidada reflexão sobre o desenho final do espaço interior do YU7 - que, no seu entender, "não perde face ao Model Y".
De facto, Lei Jun ficou impressionado com o carro americano ao ponto de sugerir a concorrência a potenciais clientes que não gostem do seu automóvel: "Se não escolherem um YU7, podem considerar o Model Y".
Com o trabalho de 'engenharia reversa' realizado, a Xiaomi pôde compreender melhor os conceitos da Tesla nos vários aspetos do Model Y, tendo uma referência significativa para desenvolver o seu próprio SUV elétrico - que, como é natural, quer que seja superior a essa referência.
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