Carros artesanais atraem milhares de pessoas à Feira este sábado

Este sábado, Santa Maria da Feira vai receber uma prova de perícia de carros artesanais, esperando reunir cerca de 9.000 espectadores. A Descida Mais Louca da Malápia terá 39 participantes.

Santa Maria da Feira

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Lusa
27/06/2025 15:04 ‧ há 4 horas por Lusa

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Carros

Vão ser 39 os carros participantes n'A Descida Mais Louca da Malápia, em Santa Maria da Feira. O evento realiza-se este sábado e envolve carros artesanais criados por famílias, amigos e empresas. Esperam-se cerca de 9.000 espectadores naquela cidade do distrito de Aveiro.

 

O número é o indicado pela organização do evento, a associação Malapeiros Rolantes, que diz ter registado essa audiência na edição de 2024 e espera mantê-la ou superá-la este ano, já que o percurso de 1,8 quilómetros no centro da freguesia de São João de Ver, no referido concelho do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto, atrai muita gente "que gosta deste tipo de gincana, com os carros a descer por curvas muito acentuadas, numa estrada de declive considerável".

Com um aumento de 25% no número de equipas participantes, já que em 2024 elas eram 31 e este ano chegam às 39, a iniciativa implica um investimento na ordem dos 20.000 euros, à base sobretudo de donativos e patrocínios, e envolve o trabalho de cerca de 200 pessoas, no que se incluem 62 pilotos e copilotos -- entre os quais o presidente da Câmara Municipal da Feira, Amadeu Albergaria, e, noutro carro, o seu irmão Nuno Albergaria, presidente da Junta de São João de Ver.

Para Vítor Duarte, que preside à associação Malapeiros Rolantes, essa participação demonstra "o brio comunitário da freguesia, que se envolve com entusiasmo na construção dos carros -- todos sem motor e movidos só por força da gravidade, mas podendo demorar umas 40 horas a criar e custar muito dinheiro, consoante o empenho e o engenho das equipas" que neles trabalham.

"Há uns carros que são feitos por membros da mesma família, na garagem ou pátio de casa; há outros que são feitos por colaboradores da mesma empresa, nas horas vagas; e ainda há aqueles que são feitos por dois ou três amigos que podem nem perceber muito de mecânica, mas se juntam por carolice para criar uma máquina que, mesmo se não for muito rápida, é sempre divertida", garante o presidente da associação à Lusa.

Essa componente lúdica prende-se com o facto de cada equipa escolher um tema ao seu gosto para decoração das viaturas e muitas vezes evocar nessa estética temas relacionados com a freguesia e o concelho -- apostando, por exemplo, num veículo em forma de rolha de champanhe, em alusão à indústria corticeira, ou num carro com a forma de malápio, em referência à maçã autóctone que ficou para a história por ter sido oferecida pelos habitantes ao rei D. Manuel II, na sua passagem pela freguesia para inaugurar a Linha Férrea do Vouga, e depois atirada pelas crianças aos comboios que passaram a atravessar São João de Ver.

Vítor Duarte nota, contudo, que a festa já não se restringe a participantes do concelho da Feira e este ano alarga-se também a equipas do Carregal do Sal, município do distrito de Viseu onde "também há adeptos do bom humor, da alegria e de alguma adrenalina, já que o troço implica sempre algum risco, dadas as curvas apertadas da estrada, a inclinação do piso e os diversos obstáculos da gincana".

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