A Tesla foi obrigada a pagar à família de um adolescente, que morreu após um acidente com um Model S na Florida, EUA, cerca de 103.000 euros devido a 1% de culpa, segundo noticia a Associated Press. A família irá receber cerca de 10 milhões de euros, segundo ordenou o tribunal.
O acidente remonta a 2018 e nele morreram dois jovens, Barrett Riley e o seu amigo Edgar Monserrat Martinez.
A decisão judicial foi pública na passada terça-feira e dela sabemos que o condutor, Barrett Riley, ficou com 90% da culpa, enquanto o seu pai, James Riley, ficou com 9%. O restante 1% foi para a Tesla, como já foi referido.
De acordo com o Conselho Nacional de Segurança Rodoviária dos EUA, Barrett Riley conduzia a cerca de 185 km/h numa zona onde o máximo permitido era de 50 km/h. Foi concluído que o jovem perdeu o controle do veículo sozinho.
James Riley, pai de Barrett, acabou por agir judicialmente contra a Tesla, alegando que teria sido possível sobreviver se as baterias elétricas não tivessem gerado um "incêndio incontrolável e fatal". James registou também que a Tesla tinha retirado um limitador de velocidade, que não permitia ao veículo passar dos 140 km/h. Mais tarde, uma investigação desvendou que foi o seu filho que tinha feito esse pedido a um concessionário da marca de veículos elétricos.
Os advogados da Tesla negaram que a empresa tenha sido negligente ao remover o limitador e afirmaram que os pais do jovem é que foram negligentes ao permitir que ele conduzisse o veículo, mesmo cientes do seu "histórico de condução perigosa e excesso de velocidade". Ainda assim, o tribunal considerou que a Tesla teve 1% de responsabilidade neste acidente.
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