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Indústria portuguesa de componentes para automóveis cresce acima da UE

A indústria nacional de componentes para automóveis registou um crescimento de 8% anualmente, entre 2015 e 2019, quando a produção na Europa aumentou 0,3%, avançou hoje o presidente da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA).

Indústria portuguesa de componentes para automóveis cresce acima da UE
Notícias ao Minuto

17:44 - 21/06/22 por Lusa

Auto Indústria automóvel

José Couto, que falou hoje em conferência de imprensa, em Lisboa, contestou os dados divulgados num estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que apontavam para o "elevado número" de trabalhadores com "vínculo precário" e com "futuro incerto", tendo em conta a "elevada dependência" da indústria do fabrico de modelos a combustão.

Para o responsável, a indústria nacional de componentes para automóveis tem crescido "acima da média europeia", advertindo para o facto de a OIT ter errado ao não ter em conta esta indústria na análise que fez no estudo "Conduzir a mudança: o futuro do trabalho no setor automóvel português", apresentado na semana passada.

De acordo com os dados do 'cluster' da indústria automóvel, entre 2015 e 2019, a indústria nacional de componentes automóveis teve um crescimento de 8% anualmente, que compara com um aumento de 0,3% da produção automóvel europeia.

Além disso, atendendo aos efeitos da pandemia de covid-19 em 2020, a indústria de componentes nacional registou uma queda homóloga de 13,6% no seu desempenho nesse ano, que compara com uma recuperação de 4% no ano passado.

Quanto à produção automóvel da Europa, esta apresentou uma queda de 22% em 2020 e recuou 3,5% no ano passado, segundo os dados hoje apresentados pelo 'cluster'.

Na conferência de imprensa de hoje, que também contou com representantes da Associação Automóvel de Portugal (ACAP) e do 'cluster' automóvel MOBINOV, o setor considerou que os dados do recente estudo da OIT sofrem de um "enviesamento", já que o universo de empresas analisadas é inferior ao seu número real.

Os dados da OIT "enviesam e desclassificam" a indústria portuguesa do setor e o "esforço feito" durante anos, sendo que foram feitos investimentos e tem sido realizado um "esforço terrível" para que "sejam cada vez mais produtivos" e as empresas "mais competitivas" com a "forte aposta" na formação profissional, salientou o responsável da AFIA.

Sobre o universo de empresas nacionais, o 'cluster' automóvel nacional calculou-as em 1.100, das quais 0,9% trabalham para a indústria automóvel de componentes.

Quanto ao número de trabalhadores, o 'cluster' automóvel considera ascendem já a mais de 90.000 o número de empregados diretos na indústria e que representam um terço dos empregos criados na indústria transformadora nos últimos quatro anos.

É referido ainda que a indústria automóvel de componentes emprega 61.000 trabalhadores (diretos), tem um volume de negócios de 10.700 milhões de euros, isto é, 5,2% do Produto Interno Bruto (PIB).

Também presente na conferência de imprensa, secretário-geral da ACAP, Helder Pedro, afirmou que Portugal tem as condições para investir na transição para os veículos elétricos, uma vez que "tem toda a fileira para a produção de baterias".

No entanto, o responsável avisou que o Governo terá de se empenhar a este nível e que o Plano de Recuperação e Resiliência deveria ser mais robusto em termos de financiamentos.

Leia Também: Costa vai receber estudo sobre transição energética e setor automóvel

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