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JPP vai percorrer locais para agradecer voto de confiança

O Juntos Pelo Povo (JPP), o partido que elegeu na sua estreia nas legislativas madeirenses cinco deputados e preconiza uma nova forma de fazer política vai percorrer os locais onde fez campanha para agradecer a confiança depositada pelos eleitores.

JPP vai percorrer locais para agradecer voto de confiança
Notícias ao Minuto

10:14 - 02/04/15 por Lusa

Política Madeira

"A verdadeira campanha do partido começou na segunda-feira [dia após o sufrágio regional], porque o JPP não precisa de eleições para estar em contacto com a população", disse o deputado eleito e líder regional do JPP, Élvio Sousa, numa entrevista à agência Lusa.

Por isso, anunciou que logo após a Páscoa, o partido o vai "percorrer todos os caminhos e veredas onde estiveram na campanha e agradecer pessoalmente às pessoas" a confiança depositada neste projeto de cidadãos.

Élvio Sousa assegurou que os deputados do JPP na Assembleia Legislativa da Madeira (ALM) constituirão "um grupo responsável de uma linha moderada, mas interventivo do ponto de vista do trabalho de bastidores".

No seu entender, "é importante trazer o parlamento para fora" e sustentou que "urge mudar o paradigma da forma como eram conduzidos os trabalhos" no parlamento insular.

Para o líder da JPP, "os deputados têm que assumir os seus cargos de uma forma exclusiva", opinando que "se deve ir mais longe" na questão do regime de exclusividade e incompatibilidades, uma questão que classificou de "fundamental".

O deputado eleito também criticou a forma como decorrem os trabalhos nos parlamentos da República e regional, onde as pessoas "não se respeitam e há falta de ética na intervenção", o que, no seu entender, é um mau exemplo até para os alunos das escolas que assistem aos trabalhos.

"Terá que haver um código de ética e saber estar nos parlamentos (...). Se este parlamento [da Madeira] continuar a ser um espaço de desrespeito vamos ter que introduzir um código de conduta, tal como se diz às criancinhas", referiu.

Sobre as principais propostas que o JPP pretende apresentar, insistiu na criação do gabinete móvel para aproximar os deputados dos eleitores, adiantando estar prevista também a realização de reuniões aos sábados para "verificar os pontos essenciais das propostas a levar ao parlamento".

Destacou que a primeira medida, que o partido quer discutir com os outros partidos, está relacionada com a criação de emprego, pois o desemprego "é uma situação preocupante".

Depois, defendeu, é preciso "baixar o regime fiscal das micro e pequenas empresas" e "será dado um passo de cada vez", enunciando a necessidade de alterar o estatuto político administrativo, para, entre outros aspetos, acabar com as regalias extraordinárias dos deputados.

Élvio Sousa referiu que o JPP vai "por em marcha tudo aquilo que foi prometido à população", sublinhando, contudo, que "não foram muitas", porque uma das máximas deste novo partido é "não prometer o que não se possa cumprir".

"O movimento não se move pela dicotomia direita-esquerda", observou, frisando que "para defender a população não é necessário a escolha de acento [no parlamento], até pode ser na fila de trás".

Questionado sobre a postura que o JPP pretende adotar no parlamento na próxima legislatura, Élvio Sousa defendeu que a "Assembleia Legislativa regional tem que deixar de ser um clima de guerrilha permanente entre a direita e a esquerda", recusando que as propostas sejam "bloqueadas" em função da sua origem.

"Independentemente de onde vier a proposta, desde que seja benéfica para população, para os eleitores e situação regional, não vamos bloquear, vamos aprovar", assegurou.

No que diz respeito a possíveis acordos com o PSD, Élvio Sousa rejeitou liminarmente uma situação relacionada com a necessidade de viabilizar um governo de maioria social-democrata, admitindo que, no caso de assuntos no parlamento, terão de ser analisados "caso a caso".

"Isto não é um projeto de juntos pelo poder, não queremos um assalto à Quinta Vigia simplesmente pelo facto de nos motivarmos pelo poder", destacou.

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