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'Esquerdização' do PS durou menos de uma semana

António Costa chegou ao Congresso Socialista com o discurso bem ensaiado. O seu PS, anunciou-o em Lisboa, ia virar à esquerda. Porta fechada à direita, o autarca apostava na 'esquerdização' do partido. Volvida praticamente uma semana, travão a fundo. No PS nem todos gostaram do atalho e o Partido Socialista volta a apostar no ‘humanismo’, dá conta o SOL.

'Esquerdização' do PS durou menos de uma semana
Notícias ao Minuto

11:48 - 05/12/14 por Notícias Ao Minuto

Política António Costa

O Congresso Nacional do Partido Socialista, realizado no passado fim-de-semana em Lisboa, fechou a porta a entendimentos à direita. No seu primeiro discurso oficial como líder eleito, António Costa apontava à esquerda e chegou a falar-se em ‘esquerdização’. Passada uma semana, dá conta o Sol, que o epíteto terá assustado os corredores do Rato e o partido voltou à sua matriz ‘humanista’.

“Considerar esquerdista um discurso humanista, diz tudo sobre o radicalismo desta direita que nos governa, que abandonou os valores humanistas que inspiraram também a democracia cristão e outras correntes inspiradas na doutrina social da igreja”, corrigia quarta-feira o líder rosa.

A opinião foi emitida em circuito fechado, nas redes sociais, partilhada por um membro do secretariado nacional, Porfírio Silva, com autorização expressa da liderança para o fazer. “Não foi o PS que mudou. Foi a radicalização da direita que abandonou à esquerda a representação dos valores humanos, centrados na dignidade da pessoa humana”, continuava a declaração.

Vieira da Silva, em declarações ao Sol, exprime a mesma ideia: “O PS está onde sempre esteve. Não faz sentido que por defender valores de dimensão social que sempre estiveram presentes no código genético do partido se fale numa viragem. Não há nenhuma esquerdização”, esclarece.

Mas as eleições do próximo ano estão já a marcar o calendário político atual. Vera Jardim, histórico socialista, percebe a mudança de rumo, pois acredita que o PS tem de “afirmar uma alternativa e não apenas uma alternância”, pelo que a “esquerdização é legítima e a única viável para dar autonomia estratégica ao PS”, que costuma ser colocado, pelo Bloco de Esquerda e PCP, no mesmo saco ideológico onde se movimenta a maioria governativa.

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