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Machete esteve ligado a cinco bancos... ao mesmo tempo

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, ocupou entre 2008 e 2009, cargos sociais em cinco bancos concorrentes – BPI, BCP, CGD, SLP e BPP, avança o jornal Público desta quinta-feira. O Banco de Portugal já veio a dizer que só o podem fazer “pessoas cuja idoneidade e disponibilidade dêem garantia de uma gestão sã e prudente”.

Machete esteve ligado a cinco bancos... ao mesmo tempo
Notícias ao Minuto

09:20 - 26/09/13 por Notícias Ao Minuto

Política Cargo

A polémica envolta em Rui Machete parece estar longe do fim. Depois de ter declarado, na semana passada, ao Tribunal Constitucional (TC) as funções que ocupava antes de entrar para o Governo, o jornal Público dá agora conta de que o ministro desempenhou cargos sociais em cinco diferentes bancos entre 2008 e 2009, tendo alguns deles sido omitidos por já não exercer funções aquando da nomeação para o Executivo.

Desta forma, Machete foi, durante aquele espaço de tempo, presidente da mesa da Assembleia-Geral do Banco Português de Investimento (BPI), vice-presidente da Assembleia-Geral da Caixa Geral de Depósitos (CGD). No grupo do Banco Comercial Português (BCP), esteve à frente do conselho fiscal do Millenium Investiment Banking (BCPI) e administrador do Banca Millenium.

Além disso, ocupava cargos em mais dois grupos bancários, na Sociedade Lusa de Negócios (SLN), detentora do Banco Português de Negócios (BPN), e no Banco Privado Português (BPP).

Contactado pelo Público, fonte do Banco de Portugal salientou que “dos órgãos de administração e fiscalização de uma instituição de crédito apenas podem fazer parte pessoas cuja idoneidade e disponibilidade dêem garantia de uma gestão sã e prudente”, evocando o quadro legal que permite àquele organismo opor-se ao desempenho de funções simultâneas, nos casos em que existe “risco grave de conflitos de interesses ou, tratando-se de pessoas a quem caiba a gestão corrente da instituição, por não se verificar disponibilidade suficiente para o exercício do cargo”.

Entretanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros já manifestou disponibilidade para ir ao Parlamento, por forma a ser inquirido sobre o seu percurso profissional.

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