Época de fogos sem vítimas é "o grande objetivo"
O comandante operacional nacional José Manuel Moura disse hoje que ter uma época de fogos sem vítimas é "o grande objetivo" do dispositivo de combate a incêndios florestais, tendo sido feita uma aposta na formação para atenuar o risco.
© Lusa
País ANPC
"Podemos chegar com mais aérea ardida, podemos chegar com mais ignições, mas chegarmos com vítimas zero, para o comandante nacional, esse é o grande objetivo", disse à agência Lusa José Manuel Moura, a propósito da época crítica em incêndios florestais que começa na quarta-feira.
O comandante nacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) adiantou que o principal objetivo do dispositivo especial de combate a incêndios florestais para este ano é "a permanente segurança das forças".
"Não haver vítimas, sejam feridos graves, sejam vítimas mortais, sejam civis ou combatentes, esse é o nosso grande objetivo", afirmou, sublinhando que "o risco nunca será eliminado, mas pode ser mitigado".
"Esta é uma atividade onde o risco é permanente, lidamos com um inimigo que só ataca, que não defende, que é o fogo. Daí a nossa permanente segurança das forças", sustentou, destacando a formação que tem sido ministrada nesse sentido.
José Manuel Moura explicou que mais de 10.000 operacionais estiveram envolvidos em formação ministrada pela Escola Nacional de Bombeiros e em ações de treino operacionais realizadas pela ANPC.
O comandante nacional acrescentou que a ANPC pretendeu chegar ao maior número de operacionais e pessoas com responsabilidade no setor para ficarem a saber e respeitarem as situações que ditam o perigo e quais regras de segurança.
"Nunca se fez tanto (em formação) num período entre um dispositivo e outro. Tudo isto vai concorrer para os meios que queremos alcançar este ano", disse, ressalvando que há a variável condições meteorológicas, que são determinantes para ajudar a chegar aas bons resultados.
O comandante nacional operacional considerou também que outro dos objetivos é a redução do número de fogos, tendo em conta que "o menor número de ignições irá permitir que o dispositivo responda muito melhor".
"É muito mais fácil responder diariamente a 100 ou a 200 ignições do que responder a 500, como tivemos em 2005 ou em 2013, isso é muito difícil responder", afirmou.
José Manuel Moura disse ainda que a redução do número de ignições é um objetivo a alcançar, mas a médio e longo porque "tem a ver com medidas de prevenção estrutural e operacional".
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